Várzea Grande, MT – O submundo da política local foi exposto nesta terça-feira (11), quando a Polícia Federal deflagrou a "Operação Escambo Eleitoral", desmantelando um esquema de compra de votos que teria garantido a eleição de dois vereadores em Várzea Grande. Kleberson Feitoza (PSB) e Adilsinho (Republicanos) estão no centro das investigações, acusados de trocar votos por dinheiro, fornecimento de água e até óleo diesel para eleitores.

As investigações começaram no próprio dia da eleição, 6 de outubro de 2024, quando duas pessoas foram presas em flagrante por suspeita de compra de votos. Desde então, a PF reuniu provas de um esquema organizado para beneficiar os candidatos, desvirtuando o processo democrático e transformando a eleição em um verdadeiro mercado de favores.

A prática de trocar benefícios por votos é crime, tipificado na Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97, artigo 41-A), e pode levar à cassação do mandato e multas pesadas para os envolvidos. A Câmara Municipal de Várzea Grande já se manifestou, afirmando que as investigações afetam apenas os vereadores citados e que o caso será tratado com rigor.

Este episódio é um reflexo de um problema nacional: a corrupção no processo eleitoral, que perpetua mandatos baseados em interesses próprios, atrasando o desenvolvimento de nossos municípios. Cada voto vendido é um passo para trás na luta por cidades mais justas, transparentes e economicamente fortes.
A democracia não se compra, e aceitar vantagens indevidas compromete o futuro de todos. É fundamental que a população denuncie qualquer tentativa de compra de votos e escolha candidatos comprometidos com o bem comum, e não com barganhas eleitorais. O avanço econômico e social de nossas cidades depende da seriedade do voto.