Operação destrói maquinário avaliado em mais de R$ 17 milhões utilizados para extrair ouro ilegal em terra indígena em em Pontes e Lacerda.
Vinte e duas pás carregadoras avaliadas em mais de R$ 17 milhões, 39 motores estacionários, duas bombas d'água, um gerador e duas britadeiras foram destruídas, durante a "Operação que Ouro Viciado", para combater a extração ilegal de ouro e desocupação da Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá, neste domingo (14).
Segundo a polícia, foram realizadas barreiras nas principais vias de acesso à terra indígena e incursões pelas matas e áreas atingidas pelos garimpeiros. As investigações continuam, procurando identificar os responsáveis por financiar atividades ilegais e desmantelar financeiramente a organização criminosa.
A extração de ouro ilegal financia diretamente a degradação do meio ambiente, dizima a população indígena na região e polui os rios que abastecem os municípios, gerando danos econômicos, sociais e ambientais. o garimpo na Sararé é o maior do Brasil, ainda conforme a PF.
A operação é uma ação conjunta da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Exército Brasileiro, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Cento Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e Força Nacional, e contou com duas aeronaves e embarcações, para transporte das equipes às áreas de interesse operacional.
Operações na Terra Indígena Sararé
No início de 2023, uma operação da Polícia Federal desmontou garimpo ilegal na terra indígena Sararé, com objetivo de reprimir a atividade criminosa de extração ilegal de ouro e de usurpação de bens da União.
Na região da Terra Indígena, a Polícia Federal realizou várias fases da operação para desativação de garimpo ilegal. A primeira foi em maio de 2020, quando policiais desocuparam um garimpo ilegal de ouro na região. Porém, após a saída das equipes, os garimpeiros invadiram o local novamente.
A segunda etapa foi deflagrada em março de 2021 e apreendeu instrumentos usados na exploração clandestina. A desocupação foi determinada pela Justiça de Cáceres, e foi realizada por 50 policiais federais e mais de 100 militares do Exército Brasileiro.