Imprimir

Imprimir Artigo

23/10/2023 - 10:55

Caloteira

A gestão da prefeita de Cáceres, Eliene da ‘chave’ (PSB), segue despencando com uma sucessão de desgastes, por absoluta falta de diálogo e gestão política. Na semana passada o município foi acusado de não pagar terceirizados que atendem três secretarias, inclusive a Saúde. Por falta de diálogo político, técnicos e enfermeiros decretaram greve cobrando o pagamento do piso salarial. A categoria acusou, com toda a razão, a falta de diálogo por parte da gestão especialmente da prefeita.  Estes episódios só reafirmam o que disse aqui na última Coluna. O modo centralizador de governar da atual gestora está mantando ela mesma. Quem teria que resolver os problemas que estouraram na semana passada é a Procuradoria e as secretarias de Planejamento, Administração, Finanças, Saúde e Governo.
 
Inércia
 
Quando eu falo em ser político, me referido a capacidade de lidar com crises como as que estão ocorrendo. Ao contrário do que atual gestão pensa, fazer festas não ameniza o desgaste. Em um curso de gestão de crise que fiz no governo Blairo Maggi, o palestrante, assessor especial do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ensinou que é preciso contrapor as crises com diálogo político e ações populares. A atual gestão faz justamente ao contrário. Foge do diálogo e não faz nada para provar que apesar dos problemas, está realizando melhorias e procurando resolver os abacaxis.
 
Juntos
 
Adversários ferrenhos da eleição de 2022, o ex-prefeito Francis Maris (PSDB) e o ex-deputado federal doutor Leonardo (Republicanos) estão próximos de fechar uma aliança para a eleição de prefeito de Cáceres no ano que vem. O primeiro passo já foi dado. Ambos disseram em entrevistas recentes que se não forem candidatos, votariam um no outro, mas não na atual prefeita. Ex-aliado de Eliene, Francis virou adversário depois que ela se rebelou contra ele na eleição 2020. Já Leonardo, acusa a prefeita de traição na eleição do ano passado.
 
Bastidores
O tempo é o senhor da verdade. Assistindo o pod cast Pode Printar com  Pacheco e Thomas, tive a satisfação de ver que minha contribuição nas eleições dos últimos vinte anos em Cáceres foram decisivas. Depois de negar por anos, o ex-prefeito Francis Maris (PSDB), admitiu que uma das ações que fez ele dar uma virada histórica em cima do ex-deputado doutor Leonardo na disputa para prefeito em 2012, foi um debate realizado na Fapan. Ele e muita gente não sabe. O debate pensado por mim, fez parte de uma ação estratégica, cuidadosamente planejada, que envolveu um panfleto apócrifo e uma ‘investida $’ na zona rural para compensar as perdas na cidade. Para fazer o debate convidei a Fapan e os colegas Sinézio Alcântara do Jornal Expressão, Pedro Miguel do Ripanosmalandros e Luiz Garcia da Rádio Difusora. Eu e o Elvis da Fapan cuidamos da organização, Pedro Miguel coordenou a transmissão via vídeo, Sinézio e Garcia foram entrevistadores e o ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas, Jonas da Silva, foi o mediador. Transmitimos pela Difusora e pela internet. Sabia que Francis era franco atirador e isso iria desestabilizar doutor Leonardo e seu time que já se dava como eleitos pelas pesquisas encomendadas. Descobrimos que Leonardo tinha plagiado o plano de governo e isso foi o combustível para Francis partir para o ataque e nocautear o doutor. A época, Francis tinha fama de bom gestor e honesto e aproveitou disso para atacar Leonardo, que tinha um monte de ‘malas da política’ da cidade como apoiadores. Também fiquei mais feliz ainda ao assistir a entrevista de Leonardo, que aliás, foi muito boa, quando ele admitiu que a estratégia final da campanha de Francis, incluindo o debate, foram cruciais para sua derrota. Ele inclusive disse que após o debate, e os panfletos, sentiu que iria perder.
 
Curiosidade
 
Durante sua entrevista, o deputado doutor Leonardo finalmente admitiu o que sempre disse sobre seus aliados do passado. São ‘malas da política’ sem ideologia que fazem campanhas por dinheiro. A resposta foi dada a pergunta sobre os seus ex-aliados que hoje estão ‘sugando’ o bebezão dos Lacerda.
 
Ex-carcereiro      
 
Por falar em ‘malas da política’, o deputado estadual Gilberto Catanni (PL), gravou outro vídeo para expor uma tentativa de extorsão política do grupo de Takao ‘nasceu morto’. Dou um doce para quem adivinhar quem é o guru malandro do japa que fez leilão de apoio político de R$ 150 mil reais entre os candidatos a senador, Reinaldo Bolsonaro dos Porcos e Carlos Favaro. Dica, é o mesmo que está se passando por guru do guri de Vicentão. O golpe taí, caí quem quer.
 
Terceira via
 
A construção do bloco que passou a ser chamado de ‘melhor via’, vem sendo feita com muito critério pelo PT de Cáceres. Depois de conversas com o PV, PSD e MDB, o foco passou a ser o contato com os partidos que estão apoiando o governo Lula. PDT, Podemos, PP, União Brasil e Republicanos. O presidente do PT, Rafael Costa revelou a Coluna que já teve uma boa conversa com o cunhado de Guaresqui, Hélio Maldonado que está à frente do PP na cidade. Outro alvo dos petistas cacerenses é o Republicacos que assim como PP, passou a fazer parte da base do presidente Lula (PT). Republicanos e PP, aliás, já estão negociando para formar uma federação para eleição do ano que vem. Essa coligação, disfarçada, é vital para garantir a eleição tranquila de vereadores.
 
Acelerando
 
Mesmo sem grupo político, o antipático ex-prefeito de Cáceres, Francis da Orla (PSDB), intensificou a sua pré-campanha para voltar ao comando da prefeitura. Bilionário, egocêntrico e amador politicamente, em suas declarações recentes, já expos como vai ser sua campanha no ano que. Vai comparar as suas gestões com a da atual prefeita. Alguém precisa dizer a ele que esse tiro pode sair pela culatra. Além de Eliene, ao menos cinco secretários da atual gestão, dentre eles, alguns malandros, são crias dele.
 
Secretaria das Festas
 
Por falar em malandros de estimação da prefeita Eliene da ‘chave’ (PSB), a polêmica da sessão ordinária de hoje, 23, da Câmara de Vereadores foi a proposta de abertura de uma CPI para abrir a ‘caixa preta’ do Festival de Pesca deste ano. O inferno astral da prefeita começou quando ela não cumpriu seus compromissos de campanha. Agora, o alinhamento da insatisfação dos aliados com o trabalho da oposição vai culminar na abertura de uma CPI para apurar os gastos do FIPE. No pedido, há desde esclarecimento sobre comissões de preparação que só foram formalizadas despois do evento realizado como a concessão dos bares e contratação de bandas. Para quem não sabe, aquela conversa de que o FIPe foi gratuito para os barraqueiros é mentira. O espaço foi sem custo, mas, os barraqueiros foram obrigados a comprar as bebidas, geladas ou quente, de um único fornecedor, que foi ‘parceiro’ da administração. Ou seja, o preço caro das bebidas, que muitos disseram que era usura dos barraqueiros, era, na verdade, usura da prefeitura com seus amigos.
 
Mais            
 
Com os servidores, a linha já foi com carretel e tudo. Impressionante o número de servidores, principalmente do baixo escalão, pedindo a volta do Francis. Pra uma gestão, em relação aos servidores de Cáceres, dar saudade da gestão do prefeito que chamava servidores de ladrão de papel higiênico, é porque está judiando demais dos funcionários. São mais de 2 mil famílias de servidores. Eles decidem uma eleição.
Imprimir