Fundada oficialmente em
1778, Cáceres nasceu do encontro entre a natureza exuberante e o espírito destemido dos que ousaram desbravar o
interior do Brasil. Às margens do
Rio Paraguai, a cidade cresceu como quem floresce em
solo fértil de tradições, fé e coragem. Ainda hoje, ao caminhar por suas ruas de pedra e admirar suas igrejas centenárias, é possível ouvir o sussurro do passado dizendo
: “aqui tudo começou”.

Não se fala de
Cáceres sem lembrar daqueles que, com simplicidade e brilho próprio, se tornaram eternos.
“Beja”, com seu jeito único e sua presença marcante nas festas, ainda habita as lembranças de quem teve o privilégio de conhecê-lo.
“Aninha Bananinha”, símbolo de alegria, carinho e tradição, também deixou um rastro de saudade pelas ruas da cidade, e como falar em
Cáceres, sem citar o nosso saudoso
Padre Paulo.
Ele que foi mais que um
sacerdote, foi alma presente na vida da cidade. Com sua voz serena e mãos estendidas, acolheu, orientou e abençoou gerações inteiras. Seu jeito simples e sábio conquistou corações e
plantou fé por onde passou. Mesmo após sua partida, sua luz segue viva em nossas memórias, como uma
prece suave que o tempo não apaga. Essas e tantas outras figuras fizeram de
Cáceres um lugar onde as pessoas são, acima de tudo, parte viva da história.
A
alma cacerense pulsa no som da viola, no aroma do peixe assado, na fé que move romarias e festas populares. O
Festival Internacional de Pesca não é apenas um evento:
é a expressão vibrante de uma cidade que sabe celebrar sua identidade. O artesanato, as danças folclóricas, os contadores de
“causos”. Tudo isso forma o
mosaico cultural que dá cor e sabor à nossa terra.
De vila à cidade,
Cáceres avançou. A educação se expandiu, o comércio se fortaleceu, e o turismo se redescobriu. Olhar para o presente é ver um
povo resiliente, que mesmo diante dos desafios, não perde a esperança.
Cáceres tem se modernizado sem esquecer suas raízes, honrando o passado e cultivando sonhos para o futuro.

Nestes
247 anos, mais que velas e parabéns,
Cáceres merece gratidão. Gratidão por tudo o que foi vivido, construído, superado. E
merece esperança, porque é notório o brilho que já desponta no horizonte. Que nossa cidade siga crescendo com dignidade, unindo tradição e inovação, e que nunca nos esqueçamos das
“mãos que a moldaram, dos corações que a amaram e dos passos que, lado a lado, continuam escrevendo essa linda história”.