A Prefeitura de Cuiabá acendeu o alerta vermelho. O boletim epidemiológico divulgado pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DIVISA) nesta sexta-feira (29) mostra que, entre janeiro e agosto de 2025, os casos de
Influenza A e B saltaram 930% em relação ao ano anterior.
Se em 2024 eram 105 registros, em 2025 o número disparou para
1.082 casos confirmados. A explicação envolve
baixa cobertura vacinal, maior circulação do vírus e mais testes disponíveis. Mas o dado mais preocupante está na mortalidade:
17 óbitos, sendo que
12 foram de idosos acima de 60 anos — e todos os 11 residentes em Cuiabá que morreram
não estavam vacinados contra a Influenza há pelo menos um ano.
Crianças lideram os casos
A faixa etária mais atingida foi a de
0 a 6 anos, com 522 registros. Em seguida aparecem:
- 15 a 59 anos: 369 casos
- 7 a 14 anos: 252 casos
- Acima de 60 anos: 122 casos
Esses números reforçam a vulnerabilidade das crianças e idosos, os dois públicos mais dependentes da vacinação para evitar complicações graves.
COVID-19 em queda livre
No caminho inverso, a
COVID-19 registrou queda de 70,7% nas notificações em 2025. Foram
1.075 casos contra 3.808 no ano passado, além de uma redução significativa nas mortes:
8 óbitos neste ano, contra 29 em 2024. A taxa de mortalidade foi classificada como
“muito baixa”, com 1,17 óbitos a cada 100 mil habitantes.
Mesmo assim, a doença ainda aparece nas estatísticas de
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): dos 1.576 pacientes hospitalizados, 102 tinham COVID-19, resultando em 11 mortes.
Vírus Sincicial Respiratório preocupa
Outro dado que chama atenção é o
Vírus Sincicial Respiratório (VSR), com 490 casos notificados até agora. Do total,
468 são em crianças de 0 a 6 anos, faixa considerada de maior risco. O VSR é uma das principais causas de bronquiolite e pneumonia em bebês e pode lotar rapidamente leitos pediátricos.
O alerta das autoridades
O boletim deixa claro:
vacinação e prevenção são as armas mais eficazes. A Influenza, que parecia controlada em anos anteriores, voltou a crescer em ritmo explosivo, enquanto a COVID-19, apesar da queda, ainda exige vigilância.
As escolas, creches e famílias devem ficar em alerta — porque a temporada de vírus respiratórios em Cuiabá ainda está longe de terminar.