Jornal Oeste

A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava o homicídio de Khaled Rubens Santos Teixeira, de 19 anos, ocorrido em 3 de março de 2022, em Araputanga (345 km a oeste de Cuiabá). Três pessoas foram formalmente indiciadas por envolvimento no crime e irão responder por organização criminosa armada, homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual qualificada.
As investigações revelaram que o crime foi executado por membros de uma facção criminosa atuante na região, sob ordem direta de uma mulher que liderava o grupo à época. A motivação, segundo apurado, estaria relacionada à suspeita de que Khaled comercializava entorpecentes e ostentava armas de fogo sem autorização da organização.
Na noite do crime, Khaled foi visto pela última vez em um bar da cidade, acompanhado da namorada e da mãe dela. Por volta das 23h30, ele se afastou levando seus pertences e não retornou. O desaparecimento foi registrado pela mãe no dia seguinte, 4 de março. Somente seis dias depois, em 10 de março, policiais civis localizaram o corpo da vítima no Rio Bugres, já em avançado estado de decomposição. A necropsia confirmou que ele foi morto por disparo de arma de fogo na cabeça, a curta distância.
O inquérito também apontou que a execução foi feita por um integrante da facção com função de "disciplina", auxiliado por outro membro responsável pelo apoio logístico e pela condução do veículo utilizado no crime. A tentativa de ocultar o corpo e destruir provas fez com que o caso exigisse intensa investigação por parte das autoridades.
Com o avanço das diligências, o Ministério Público ofereceu denúncia, acatada pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva dos três investigados. Até o momento, dois mandados já foram cumpridos, incluindo o da suposta mandante.
Caso condenados por todos os crimes, os indiciados podem enfrentar penas que ultrapassam os 40 anos de reclusão. O caso segue sob responsabilidade da Justiça da Comarca de Araputanga.