Jornal Oeste

Silêncio ensurdecedor em meio ao caos da saúde pública de Cáceres
Prometida como salvação, Unidade Básica de Saúde está com 60% pronta — e largada às moscas desde 19 de julho de 2024
É revoltante.
Em fevereiro de 2023, a Prefeitura de Cáceres fez estardalhaço para anunciar a tão sonhada construção da UBS da Vila Irene. Com quase R$ 1,7 milhão licitados e promessa de benefício para milhares de moradores, a obra parecia ser uma luz no fim do túnel. Mas hoje, um ano depois, o que se vê é cimento, entulho e promessa quebrada.
A responsável pela obra? A empresa Construtora e Limpadora 1001 LTDA, vencedora da concorrência pública pelo valor de R$ 1.662.032,45, prometeu erguer uma unidade com 361 m² de área construída e tudo dentro das normas da vigilância sanitária. Só que no dia 19 de julho de 2024, a obra foi paralisada, com apenas 60% de execução, segundo denúncia recebida pelo Jornal Oeste.
O mestre de obras, um dos trabalhadores da empresa, perdeu o emprego no mesmo dia em que as máquinas foram desligadas. E a desculpa que ouviu? A Prefeitura parou de repassar os valores à empresa, inviabilizando a continuidade do trabalho.
  

Procedimento padrão da prefeitura, trocar placa ou deixar apagar as informações


Enquanto isso, a saúde em Cáceres agoniza.
A UBS da Vila Irene seria essencial para desafogar os atendimentos do Hospital Regional, reduzir filas e dar dignidade a quem vive nos bairros mais carentes da cidade. Em vez disso, os moradores têm que implorar por vaga, enfrentar esperas intermináveis e se contentar com a falta de estrutura e atendimento precário.
E onde está a prefeita Eliene Liberato Dias, que em 2023 disse que “a saúde pública tem avançado muito”? Que comemorou a homologação da obra como se tivesse resolvido o SUS?
A obra foi anunciada como prioridade
“Mais uma grande conquista para a saúde pública” — palavras de Eliene em 2023.
Hoje, o cenário é outro: tapumes quebrados, mato crescendo e dinheiro público evaporando.
Indignação nos bastidores
Enquanto o povo sofre e profissionais da saúde se desdobram com poucos recursos, ninguém na Prefeitura se manifesta sobre a paralisação.
Cadê os R$ 1,6 milhão?
Quanto já foi pago à empresa?
Por que a obra parou?
Vai voltar? Quando?
Essas perguntas precisam ser respondidas com urgência.
Não é só concreto largado: é a saúde da população que está sendo deixada para trás.
DENUNCIE!
Se você mora na Vila Irene ou região e tem fotos, vídeos ou relatos sobre a obra, envie para:
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