Jornal Oeste

A Justiça decidiu manter a prisão temporária do influenciador digital Luiz Gustavo Almeida, detido durante a Operação Tiger Hunt, realizada pela Polícia Civil de Cáceres na última segunda-feira (9). A decisão da juíza Raíssa da Silva Santos Amaral veio após audiência de custódia, negando o pedido da defesa para libertá-lo. Luiz Gustavo foi levado para a cadeia pública do município.

De acordo com a Polícia Civil, ele faz parte de um grupo que está sendo investigado por crimes graves como lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsidade ideológica e exploração de jogos de azar ilegais.

Como funcionava o esquema

A Operação Tiger Hunt desvendou que o grupo usava influenciadores digitais para enganar pessoas e promover plataformas clandestinas de apostas. Em vídeos, os influenciadores mostravam ganhos rápidos e altos com apostas pequenas, chamando seguidores para apostar e gastar dinheiro nessas plataformas ilegais.

Além disso, o grupo comprava CPFs de pessoas vulneráveis — que muitas vezes aceitam o negócio por necessidade — pagando entre R$ 50 e R$ 100 por cada documento. Com esses dados, eles criavam contas bancárias digitais para movimentar dinheiro nos sites de apostas. O grupo também é suspeito de usar empresas registradas para lavar o dinheiro obtido ilegalmente.

Na operação foram cumpridos 21 mandados judiciais, incluindo quatro prisões, cinco buscas e apreensões, além do sequestro de bens móveis e imóveis, quebra de sigilo bancário e telefônico, e suspensão das atividades das empresas envolvidas.

Quem é Luiz Gustavo Almeida?

Antes da prisão, Luiz Gustavo divulgava em seu perfil no Instagram, que conta com cerca de seis mil seguidores e é verificado, vídeos em que aparecia "apostando" e ganhando dinheiro fácil. Ele se apresenta como investidor esportivo e gamer profissional. Suas postagens mostram fotos com carros caros, viagens e supostos lucros com jogos de azar, especialmente o “jogo do tigrinho”.