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22/05/2025 - 23:07 | Atualizado em 24/05/2025 - 00:04

Bebê quase morre por negligência médica na UPA de Cáceres: falta de exames quase encobre pneumonia grave

Médica se recusa a pedir exames mesmo diante de febre altíssima; bebê só sobrevive graças à troca de plantão, quando outro profissional solicitou o raio-X que revelou a infecção pulmonar

Por Redação Jornal Oeste

Negligência e despreparo: mais um episódio de horror na saúde pública expõe o risco que pacientes correm ao buscar atendimento em unidades básicas. Na UPA, o caso de um bebê por pouco não terminou em tragédia pela recusa de uma médica em solicitar exames essenciais, mesmo diante de sinais claros de gravidade.

O relato desesperado de uma mãe, divulgado na quarta-feira (21), revela o drama vivido na UPA de Cáceres, a mesma unidade de saúde já denunciada na imprensa pela morte de umas criança com pneumonia na mesma semana — como noticiado no Jornal Oeste

No novo caso, ocorrido ontem (21/05/25), a mãe conta que procurou atendimento para seu bebê, que apresentava febre altíssima, chegando a 40°C, e relatou expressamente à médica plantonista que a criança não estava gripada, não tinha nariz escorrendo, nem aparentava sintomas de garganta inflamada.

Mesmo diante da gravidade, a médica, demonstrando completo despreparo, minimizou o risco e sequer solicitou um exame de sangue ou imagem, declarando friamente: "Pode ser garganta, mas também pode ser dengue. Volta daqui 5 ou 6 dias para fazer o exame de dengue".

A mãe, preocupada, insistiu: "Eu pedi para fazer raio-X porque o neném já teve pneumonia antes".

A médica, de forma negligente, respondeu que seria "desnecessário" e que o exame exporia a criança “à radiação à toa”, sugerindo que o quadro poderia ser tratado como uma infecção comum ou virose. A orientação foi a absurda: ir para casa com a criança febril, medicando apenas com Prednisona e Dipirona.

Horas depois, já na fazenda onde moram, a febre voltou a disparar. Desesperados, os pais retornaram à UPA, onde, por sorte, o plantão havia trocado. Desta vez, o preparo da médica foi essencial: ela solicitou de imediato o raio-X, entendendo que o histórico de pneumonia e a febre alta não poderiam ser ignorados.

O diagnóstico foi devastador: pulmão extremamente comprometido.

"Eu não sei o que poderia ter acontecido com meu filho se a gente não tivesse voltado lá, porque a pneumonia dele, além de silenciosa, se agrava muito rápido", lamentou a mãe, indignada com o primeiro atendimento.

O caso só não terminou em tragédia graças à troca de plantão e ao discernimento da segunda médica, que contrariou a conduta irresponsável da colega anterior.

A denúncia expõe uma falha grave e recorrente na UPA de Cáceres, já citada na reportagem do Jornal Oeste, onde duas pessoas morreram pela falta de exames e encaminhamento adequado para UTI. Mais uma vez, a ausência de protocolos básicos, como exames laboratoriais e de imagem, quase ceifou a vida de um bebê.

"Isso não pode acontecer. Como pode uma pessoa que se diz profissional da saúde... Negligência: uma criança desse jeito! Nem exames pediu para saber o motivo da febre de 40 graus", desabafou a mãe.

O caso reforça a urgência de revisão dos protocolos médicos e qualificação das equipes nas unidades públicas, para que episódios como este e os já noticiados não se repitam, evitando a repetição de tragédias que poderiam ser facilmente prevenidas com o mínimo de zelo e competência profissional.

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4 comentários

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  • por Sara , em 24.05.2025 às 06:31

    @Eduarda convenhamos vai para a Bolivia formar o que? Qualquer enfermeiro formado no Brasil tem mais conhecimento do que esses médicos formados na industrias do diploma. Medico formado no Paraguai, Argentina e Bolívia aqui no Brasil se for passar por um seletivo sério, nenhum passa, todos são analfabetos funcionais.

  • por Rodrigo, em 23.05.2025 às 16:24

    Depois que se passou a contratar médicos formados na Bolívia esses absurdos diários se tornaram corriqueiros. Um país que é atrasado em tudo espera-se o que de pessoas que se formaram por lá. Mas como muitos adoram dizer Viva o SUS !!!!

  • por Eduarda, em 23.05.2025 às 14:24

    Clara me perdoe a franqueza, mas que ser um bom médico se resume a passar em vestibular no Brasil é uma visão extremamente limitada e preconceituosa. O vestibular é uma etapa, não um selo de competência profissional. Médicos formados fora do Brasil, como na Bolívia, Paraguai ou Argentina, enfrentam inúmeras dificuldades, desde barreiras culturais até condições de estudo desafiadoras, e ainda assim se formam com conhecimento técnico e vontade real de cuidar de vidas. Dizer que esses profissionais “matam a saúde” é uma acusação irresponsável e desrespeitosa. Existem médicos brilhantes formados fora do Brasil e profissionais medíocres formados nas melhores universidades nacionais, porque o que define um bom médico não é o nome da faculdade ou o lugar onde estudou, mas sim o compromisso com o paciente, a busca constante por atualização e a ética no exercício da profissão.

  • por Clara, em 23.05.2025 às 06:27

    Esses "médicos" formados na Bolívia esta matando a saúde no Brasil. Se o caras nunca conseguiu passar no vestibular no Brasil, vai pra Bolívia e tem uma formação meu boca. Deveria esses "médicos " com diploma boliviano passar por várias formação no Brasil.

 
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