14/05/2025 - 20:27 | Atualizado em 14/05/2025 - 20:48
PF deflagra nova fase da Operação Sisamnes contra lavagem de dinheiro e corrupção
Sexta etapa da operação investiga obstrução da Justiça e envolve mandados de prisão e apreensão no Distrito Federal
Por Midia News
Victor Ostetti
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (14) a 6ª fase da Operação Sisamnes, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, operação de câmbio ilegal, evasão de divisas e organização criminosa.
Nesta etapa, os agentes federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e um de busca e apreensão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e executados no Distrito Federal.
Os alvos da operação são investigados por atos graves de obstrução da Justiça, com a intenção de dificultar o cumprimento das medidas judiciais realizadas durante a 5ª fase da operação, deflagrada na terça-feira (13).
De acordo com o portal UOL, um dos investigados com mandado de prisão é Diego Cavalcante, apontado como operador financeiro do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves. O segundo alvo seria um advogado, cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente.
A quinta fase da Sisamnes teve como foco o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal. Somente em Mato Grosso, foram realizadas quatro buscas em Cuiabá e duas em Primavera do Leste, a cerca de 240 km da capital.
Entre os alvos dessa etapa estavam Ussiel Tavares, ex-presidente da OAB-MT, e uma ex-funcionária do advogado Roberto Zampieri, assassinado em 2023 na capital mato-grossense.
A investigação apura a existência de uma rede financeira e empresarial voltada à lavagem de dinheiro, usada para ocultar a origem ilícita de propinas supostamente pagas para compra de decisões judiciais no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O esquema buscava romper o vínculo direto entre o agente corruptor e o servidor público corrompido.
Além dos mandados de busca, os investigados foram alvo de sequestro de bens e valores que somam cerca de R$ 20 milhões. A Justiça também determinou a proibição de saída do país dos envolvidos e a apreensão de seus passaportes.