A Assembleia Legislativa de Mato Grosso analisa um
projeto de lei que prevê isenção do ICMS sobre o consumo de energia elétrica em
templos religiosos de qualquer culto. A iniciativa é de autoria do deputado
Júlio Campos (União) e tem como objetivo garantir o cumprimento da
imunidade tributária assegurada pela Constituição Federal às instituições religiosas.
De acordo com o texto do projeto, a isenção será concedida a
entidades religiosas regularmente constituídas,
independentemente da fé professada, desde que não exerçam atividades com fins lucrativos. O benefício será aplicado somente a
imóveis registrados exclusivamente para a realização de atividades religiosas.
Entre os requisitos para a obtenção do benefício estão:
- Apresentação do CNPJ da entidade religiosa à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT);
- Comprovação do uso exclusivo do imóvel para fins religiosos;
- Regularidade fiscal e cadastral da instituição.
Segundo Júlio Campos, a proposta está amparada no
Convênio ICMS nº 134/2017, firmado no âmbito do
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que autoriza os estados a adotarem esse tipo de isenção tributária.
Na justificativa apresentada, o deputado ressalta que
estados como São Paulo, Paraná e Minas Gerais já implementaram políticas similares, reconhecendo a importância do
papel social, comunitário e espiritual exercido por igrejas e templos religiosos, especialmente em regiões mais vulneráveis.
“O projeto respeita o princípio da liberdade religiosa e reforça o papel histórico e social das instituições de fé”, defende Júlio Campos.
A medida, se aprovada, poderá
aliviar os custos operacionais de templos religiosos, garantindo mais recursos para suas atividades sociais e assistenciais.