08/05/2025 - 21:45 | Atualizado em 09/05/2025 - 23:21
Ex-procurador vira réu por assassinato de homem em situação de rua em Cuiabá
Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva é acusado de homicídio por vingança e segue preso preventivamente; MP pede reparação por danos morais e materiais à família da vítima
Reprodução
O ex-procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, de 45 anos, tornou-se réu na Justiça pelo assassinato de Ney Muller Alves Pereira, um homem em situação de rua. O crime ocorreu no dia 9 de abril, nas proximidades do Bairro Boa Esperança, ao lado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá.
Desde o dia do crime, Luiz Eduardo permanece preso preventivamente. Ele ocupava o cargo de procurador-geral de Gestão de Pessoas da ALMT, com salário base de R$ 44.024,52, conforme dados do Portal da Transparência.
Na denúncia formalizada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o homicídio é descrito como sendo motivado por vingança. O órgão também apontou que o crime foi praticado com recurso que dificultou a defesa da vítima, já que Ney Muller foi surpreendido e atacado de forma repentina, sem qualquer possibilidade de reação.
Além da acusação criminal, a Promotoria de Justiça solicitou que a sentença condenatória inclua um valor mínimo de reparação pelos danos morais e materiais causados à família da vítima.
Por outro lado, o advogado de defesa do ex-procurador, Rodrigo Pouso Miranda, nega que o crime tenha sido uma execução. Segundo ele, a motivação teria sido um episódio anterior em que Ney teria danificado o carro de Luiz Eduardo e de outros clientes em um posto de gasolina próximo ao local do assassinato.
O caso segue em tramitação judicial, com Luiz Eduardo respondendo como réu por homicídio qualificado, enquanto a Justiça analisa os elementos do processo e os pedidos do Ministério Público.