Jornal Oeste

A ginasta Rebeca Andrade escreveu mais um capítulo histórico no esporte brasileiro ao se tornar, nesta segunda-feira (21), a primeira mulher do Brasil a vencer o Prêmio Laureus, considerado o "Oscar do esporte". Ela foi premiada na categoria "Retorno do ano", em cerimônia realizada com grandes nomes do cenário esportivo mundial.

"Eu me sinto muito feliz e honrada por receber meu primeiro Laureus. Estou muito orgulhosa. Me sinto abençoada pela minha família e pela equipe que tenho, por acreditarem em mim quando eu não acreditei", declarou Rebeca, visivelmente emocionada, após receber o troféu das mãos do ex-jogador Cafu.

A ginasta fez um agradecimento especial à psicóloga Aline, que foi essencial em seu processo de superação após três cirurgias no joelho.

"Faço um agradecimento especial para uma pessoa muito importante para mim, que foi uma peça importantíssima para que o mundo pudesse me conhecer, não só como atleta, mas como pessoa também, que é minha psicóloga Aline", disse.

"Agradeço pelo trabalho, pelo companheirismo e por todo cuidado que teve comigo em todas as fases de minhas lesões. Me sinto feliz por hoje eu ser uma grande referência para as gerações que estão vindo – e para as pessoas em geral – de força. E por mostrar que podemos alcançar nossos objetivos independentemente de onde viemos. Obrigada, Laureus", completou Rebeca.

Aos 25 anos, Rebeca Andrade é a maior medalhista olímpica da história do Brasil, com seis medalhas conquistadas. Em Paris 2024, ela brilhou ao conquistar quatro pódios: ouro no solo, prata no salto e individual geral, além do bronze por equipes.

Ela já havia feito história em Tóquio 2020, quando faturou um ouro no salto e uma prata no individual geral.

Na categoria "Retorno do ano", Rebeca superou grandes nomes do esporte mundial, como o nadador Caeleb Dressel, o motociclista Marc Márquez, a esquiadora Lara Gut-Behrami, a nadadora Ariarne Titmus e o jogador de críquete Rishabh Pant.

Com a conquista, ela se junta a uma seleta lista de brasileiros premiados no Laureus, ao lado de Bob Burnquist (2002), Ronaldo Fenômeno (2003), Daniel Dias (2009, 2013 e 2016) e da seleção brasileira de futebol masculino (2003).