15/04/2025 - 20:43
Adolescente é alvo de operação por promover automutilação em plataforma digital
Suspeito de 16 anos, investigado por crimes virtuais, teve celular apreendido em Rondonópolis
Polícia Civil - MT
Um adolescente de 16 anos foi alvo da “Operação Discordância”, realizada nesta terça-feira (15) em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. A ação teve como objetivo apurar a suspeita de que o jovem estaria promovendo a prática de automutilação entre menores de idade em uma plataforma digital.
A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do suspeito, expedidos pela Vara Especializada da Infância e Juventude do município. A investigação é conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) e teve início após informações repassadas pelo Laboratório de Operações Cibernéticas da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O adolescente foi classificado como um potencial risco à integridade de crianças e adolescentes.
Segundo o delegado Gustavo Godoy, responsável pelo caso, o jovem já havia sido investigado anteriormente durante a “Operação Mão de Ferro”, deflagrada em 2024. Na ocasião, ele foi alvo de mandado de busca e apreensão por crimes como cyberbullying, induzimento à automutilação e apologia ao nazismo em redes sociais e fóruns virtuais.
Durante a nova operação, o celular do adolescente foi apreendido e passará por perícia. O objetivo é identificar outros possíveis envolvidos e preservar eventuais vítimas. Por determinação judicial, todos os perfis do jovem nas redes sociais foram excluídos.
Operação Mão de Ferro
Deflagrada em 1º de agosto de 2024, a Operação Mão de Ferro cumpriu dois mandados de busca domiciliar em Rondonópolis com o objetivo de combater crimes de ódio no ambiente virtual. Na ocasião, o adolescente de 16 anos foi apreendido.
Durante as buscas, foram encontrados conteúdos com apologia ao nazismo, cyberbullying e incentivo à automutilação, além de materiais extremamente violentos, como imagens de pessoas mortas, abuso sexual, necrofilia, autópsias, assassinatos e violência contra animais. Também foram identificados compartilhamentos de senhas de usuários de sistemas de segurança pública de outros estados.