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03/02/2025 - 16:51

Formandos de medicina em Cáceres sofrem prejuízo de R$ 307 mil

Por Victória Oliveira, g1 MT

G1MT

 (Crédito: G1MT)
Universitários de diversos cursos superiores de Mato Grosso, entre eles medicina, direito e odontologia, ficaram sem a festa de formatura, após a empresa contratada para realizar o evento alegar problemas financeiros e entrar em recuperação judicial.
 
A Polícia Civil informou que já recebeu mais de 100 denúncias contra a empresa. Até o momento, não há um valor estimado do prejuízo total, já que mais de 17 turmas foram lesadas.
 
Em entrevista ao g1, a estudante de medicina pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) de Cáceres, Alana Gosch, disse que somente a turma dela sofreu um prejuízo de R$ 307 mil, fora os gastos pessoais de cada aluno.
 
"É uma situação de completo descaso e desrespeito com todos nós. Realizamos boletim de ocorrência e estamos aguardando, mas o sonho vive dentro de nós. Queremos poder comemorar esse nosso tão sonhado momento. Pagamos mensalmente desde 2021, nós não temos condições de desembolsar todo esse dinheiro de novo", relatou.
 
Já a estudante de odontologia Eduarda Santana, de 21 anos, que estuda em uma universidade particular de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, disse que ela e a irmã investiram cerca de R$ 46 mil.

"Estamos todos arrasados com a notícia [do cancelamento da festa], porque fomos pegos de surpresa, não só na parte financeira, mas também no emocional. Fomos atrás de vestido, marcamos maquiagem, fizemos lembrancinhas. Foram 4 anos de espera pra acontecer isso 15 dias antes da festa", disse.
 
Em uma nota divulgada na última sexta-feira (31), a empresa informou que está passando por dificuldades financeiras e, por isso, entrou com um pedido de recuperação judicial, mas que não pretende encerrar as atividades, ou fugir das obrigações legais.
 
A recuperação judicial é uma medida que serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira decrete falência e feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça.
Ao g1, os estudantes disseram não ter nenhum retorno por parte da empresa sobre uma possível remarcação dos eventos. Algumas turmas estão fazendo vaquinhas online para arrecadar dinheiro para a realização das festas.
 
O delegado responsável pelo caso, Rogério da Silva Ferreira, disse que tentou localizar os proprietários da empresa, mas sem sucesso. Nesta segunda-feira (3), a empresa divulgou uma nova nota informando que os proprietários tiveram que deixar Cuiabá por estarem sofrendo ameaças de morte.
 
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor de Cuiabá.

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