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17/01/2025 - 08:22

Cáceres não dispõe de agentes suficientes de Combate a Endemias; Secretaria de Saúde diz que realizará seletivo para contratação

Por Sinézio Alcântara – Expressão Notícias

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 (Crédito: Expressão Notícias)
     Maior cidade da região Oeste do Estado, Cáceres não dispõe de número suficiente de Agentes de Combate a Endemias (ACE) e de Agentes de Saúde (AS), para combate à doenças como dengue, chikungunya e zica-vírus, que geralmente, aumenta em períodos chuvosos, como atualmente. De acordo com a Secretaria de Saúde, o município conta atualmente, com apenas 29 ACE, dos quais 5 estão afastados.
 
      Conforme estabelecido em um anexo da Portaria do Ministério da Saúde GM/MS 535/2016, em cidades com 90 mil habitantes, localizada na região de fronteira, como é o caso de Cáceres, o limite de contratação de ACE, com financiamento do Governo Federal, é de 53 agentes.
 
       A situação é preocupante. Dados da Vigilância Sanitária do Município, apontam para o registro de 4.933 casos de dengue em Cáceres no período de 8 janeiro de 2024 a 8 de janeiro de 2025. O equivalente a 411 infectados por mês. No mesmo período, foram registrados 4.506 casos de chikungunya e 1.087 de zica-vírus.
 
       O número reduzido de agentes, inclusive, leva a Secretaria de Saúde a agilizar a realização de teste seletivo para contratação de Agentes de Combate a Endemias e Agentes de Saúde.
 
      “Já estamos providenciando a realização de processo seletivo para contratação de Agentes de Combate a Endemias e Agentes de Saúde. O número de agentes que dispomos é aquém do necessário” assinala o secretário Cláudio Henrique Donatoni, afirmando que a meta será contratar 120 agentes de saúde e, pelo menos, mais 19 ACE, o que totalizaria 48 profissionais.
 
” Já Estamos providenciando a realização de seletivo para contratação de novos agentes” diz Claudio Henrique
 
      Além do processo seletivo, o secretário anunciou a realização de várias ações de combate a dengue, zica-virus e chikungunya. “Serão realizados mutirões de limpezas nos bairros e o redirecionamento do serviço de cata-trecos. A ideia é evitar ainda mais a proliferação do mosquito transmissor dessas doenças que, que geralmente, aumenta nessa época do ano”
 
Vereador faz explicação.
 
        Autor de várias ações direcionadas ao setor de saúde no município, o vereador Cesare Pastorello, explicou que “o número de agentes de Combate às Endemias (ACE) em uma cidade é definido com base em parâmetros populacionais e epidemiológica, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde, em normativas como a portaria GM/MS nº 1.025/2015 e a Portaria GM/MS nº 535 de 30 de março de 2016”.
“Em cidades da fronteira, a exemplo de Cáceres, o limite de contratação seria de 53 agentes” explica Pastorello
 
      Ressaltou que “para uma cidade com 90 mil habitantes, seriam necessários 36 ACE, seguindo o critério de 2 agentes para cada 5 mil habitantes. Além disso, considerando o número de imóveis, o parâmetro varia: em áreas infestadas por aedes aegypti é indicado 1 ACE para cada 800 imóveis, o que resultaria em 38 agentes para os 30 mil domicílios da cidade.
 
       Diz que “no caso de Cáceres, ainda há o fato de ser cidade localizada na área de fronteira, razão pela qual no anexo da Portaria GM/MS 535/2016 o limite de contratação de ACE, com financiamento do Governo Federal, é de 53 agentes”.  Pastorello explicou ainda que com a transposição de regime dos agentes agora é possível fazer concurso ou processo seletivo, tanto para Agentes de Combate a Endemias quanto para Agentes Comunitários de Saúde”

Comentários

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3 comentários

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  • por Só de OLho, em 17.01.2025 às 13:57

    Precisa limpar os lotes sujos na cidade, não adianta o agente passar ao lado de um terreno cheio de lixo e entrar na casa do morador pra ver se tem agua parada na casa dele, lixo, etc. Enquanto não resolver o problema dos lotes sujos não será resolvido o problema da dengue na cidade.

  • por Juca, em 17.01.2025 às 13:47

    O problema maior é a falta de respeito que acontece aos agentes que ainda têm, pois a coordenadora é omissa e a tal gerente Michele falta bater na cara dos agentes, existe tanto assédio moral que vai ser gravado e registrado b.o no cisco contra os secretários que Tb são omissos pois desde o Vitor, Silvana e agora Claudio sabem da situação e não tomam providências, a Michelle caga e anda pro que eles falam e a coordenadora deve estar com o rabo preso que não toma partido, as bombas estão guardadas "jogadas" no meio do mato lá no bom samaritano e as agentes vão as 4 horas da manhã pegar a bomba no meio do mato pra ir pro campo a hora que uma cobra picar um agente a prefeitura vai tomar posicionamento pois já tem denúncias contra a Michelle na ouvidoria mas nada foi feito, com a palavra o senhor secretário omisso de saúde ...opsss...com a palavra os mosquitos, talvez esses se manifestem

  • por Amigos da Natureza de Cáceres, em 17.01.2025 às 12:25

    O combate às endemias em Cáceres exige a atuação integrada. Para vencer o desafio das endemias aqui na cidade é necessário que a prefeitura tenha em seu quadro o profissional biólogo. Este profissional desempenha um papel crucial no combate às endemias. Sua formação específica permite identificar os vetores, analisar os ecossistemas e propor medidas de controle mais eficazes, complementando o trabalho dos Agentes de Combate a Endemias (ACE) e de Saúde (AS) e fortalecendo as ações de prevenção. É necessário que seja convocado os aprovado no último concurso público.

 
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