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28/09/2024 - 07:53 | Atualizado em 28/09/2024 - 08:02

Pecuaristas de Cáceres cobram bom senso nas punições dos incêndios acidentais

Por Pedro Silvestre e Ana Moura / Canal Rural

Pedro Silvestre e Ana Moura / Canal Rural

 (Crédito: Pedro Silvestre e Ana Moura / Canal Rural)
O vento forte em conjunto com a estiagem severa, muita matéria orgânica concentrada e altas labaredas de fogo vêm dando combustível a um incêndio de grandes proporções no município de Cáceres (MT). 

Lideranças locais cobram do órgão responsável pela fiscalização ambiental sensibilidade e bom senso nos casos considerados acidentais.

Além do prejuízo econômico, o setor produtivo da região preocupa-se com eventuais punições. Produtores relatam que já perderam muitos animais na região, que detém a maior concentração bovina do estado. 

O médico veterinário Fernando Vieira da Silva, explica ao Patrulheiro Agro desta semana, do Canal Rural Mato Grosso que o cenário é crítico. Muitos animais da região apresentam queimaduras de duas a quatro patas queimadas e em alguns casos, a única saída é sacrificar o animal.


Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

Para o produtor rural da região, Gilson Ramos da Silva, conta que ao longo dos dias, vai achando pelo pasto gados que não sobreviveram.
 
“Estamos fazendo o possível para tentar recuperar, toda a renda que a gente tem aqui é pecuária, não tem outra renda. E a gente chega nessa situação que não sabe o que fazer, como que vamos conseguir recursos para pagar as contas, financiamento para pagar também…Situação bem difícil”, pontua.

Punição ambiental preocupa produtores e setor produtivo

punição ambiental é outra preocupação dentro das propriedades prejudicadas pelos incêndios. Lideranças do setor e parlamentares  cobram sensibilidade e bom senso dos órgãos responsáveis.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro Júnior e o vice-presidente do Sistema Famato, Amarildo Merotti, explicam que o produtor jamais vai querer colocar incêndio na sua propriedade.


Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

“A gente não gosta de injustiça, trabalha com todo rigor da lei, defende a obediência do Código Florestal e pedimos aos órgãos de governo que não punam os produtores, pelo menos ajudem”, frisa o presidente da Acrimat. 

Secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), afirma que se o causador do incêndio não é o produtor, ele é uma vítima de algo que começou fora da sua propriedade.

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