O vento forte em conjunto com a estiagem severa, muita matéria orgânica concentrada e altas labaredas de fogo vêm dando combustível a um incêndio de grandes proporções no município de Cáceres (MT).
Lideranças locais cobram do órgão responsável pela fiscalização ambiental sensibilidade e bom senso nos casos considerados acidentais.
Além do prejuízo econômico, o setor produtivo da região preocupa-se com eventuais punições. Produtores relatam que
já perderam muitos animais na região, que detém a maior concentração bovina do estado.
O médico veterinário Fernando Vieira da Silva, explica ao
Patrulheiro Agro desta semana, do
Canal Rural Mato Grosso que o cenário é crítico. Muitos animais da região apresentam queimaduras de duas a quatro patas queimadas e em alguns casos, a única saída é sacrificar o animal.
Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT
Para o produtor rural da região, Gilson Ramos da Silva, conta que ao longo dos dias, vai achando pelo pasto gados que não sobreviveram.
“Estamos fazendo o possível para tentar recuperar, toda a renda que a gente tem aqui é pecuária, não tem outra renda. E a gente chega nessa situação que não sabe o que fazer, como que vamos conseguir recursos para pagar as contas, financiamento para pagar também…Situação bem difícil”, pontua.
Punição ambiental preocupa produtores e setor produtivo
A
punição ambiental é outra preocupação dentro das propriedades prejudicadas pelos incêndios. Lideranças do setor e parlamentares cobram sensibilidade e bom senso dos órgãos responsáveis.
O presidente da
Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro Júnior e o vice-presidente do
Sistema Famato, Amarildo Merotti, explicam que o produtor jamais vai querer colocar incêndio na sua propriedade.
Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT
“A gente não gosta de injustiça, trabalha com todo rigor da lei, defende a obediência do Código Florestal e pedimos aos órgãos de governo que não punam os produtores, pelo menos ajudem”, frisa o presidente da
Acrimat.
A
Secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), afirma que se o causador do incêndio não é o produtor, ele é uma vítima de algo que começou fora da sua propriedade.