Notícias / Educação

14/06/2024 - 08:44

Pesquisadores da Unemat participam de filme de conscientização em prol do Pantanal

Por Hemília Maia | Unemat

Assessoria

 (Crédito: Assessoria)
Pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) participam de um filme de conscientização em prol do bioma Pantanal. Além das belas imagens do Pantanal, o documentário traz depoimentos das populações ribeirinhas que vivem da pesca e da coleta de iscas, as preocupações de especialistas que estudam o bioma e de pessoas que buscam fazer a diferença em prol do Rio Paraguai e consequentemente do Pantanal.

Entre os especialistas ouvidos estão os professores pesquisadores da Unemat Claumir Muniz e Solange Ikeda, ambos doutores em Ecologia e Recursos Naturais.

O filme Pantanal Paraíso Restaurável é o primeiro de uma trilogia. O documentário é uma produção em colaboração de cinco organizações não governamentais: Acaia Pantanal, Instituto Homem Pantaneiro, MAPBiomas, Pantanal SOS e Documenta Pantanal. No primeiro filme as questões abordadas envolvem o assoreamento do Rio Paraguai. As filmagens foram realizadas a partir de Corumbá (MS), subindo até as nascentes do Rio Paraguai em Alto Paraguai (MT) em dezembro de 2023, mês que inicia a temporada das cheias no Pantanal, caracterizada por chuvas que se estendem até março.




Embora o assoreamento seja um fenômeno natural, Claumir Muniz destaca que o perigo mora na celeridade desse processo ocasionada pelos impactos ambientais provocados pelo homem. “O que acontece hoje é que a ação antrópica está acelerando isso, principalmente o processo de assoreamento e também contaminação por produtos químicos utilizados nessas áreas de cabeceiras”, explica Muniz.

Solange Ikeda pontua que “a conservação do Pantanal só é possível com o plantio de árvores nas nascentes do Rio Paraguai, se a gente conservar uma área que está 70% desmatada, que é a parte do Planalto. O Pantanal depende de que árvores sejam plantadas na parte alta, nas nascentes” e, para tanto, ela acredita no convencimento da sociedade.

De acordo com o diretor do filme, Sandro Kakabadze, a trilogia chega para conscientizar o maior número de pessoas e organizações sobre o bioma Pantanal. No primeiro filme é possível ver o quão nocivo são os impactos provocados pela diminuição da profundidade do rio e da biodiversidade do ecossistema, o surgimento de bancos de areia e a redução das áreas inundadas. Mas o que mais impacta o diretor é a situação vulnerável da nascente do Rio Paraguai. “Ele nasce em uma grande fazenda de soja. O reflorestamento das nascentes é urgente. Espero que o filme contribua para aumentar o engajamento de pessoas, fazendas, organizações e empresas nesse processo”, almeja Kakabadze.

Vídeo Relacionado

Comentários

inserir comentário
0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Oeste. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Jornal Oeste poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet