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26/05/2024 - 11:59 | Atualizado em 27/05/2024 - 09:01

Conheça as novas instalações do Laboratório São Lucas

Por João Arruda/Jornal Cacerense

Divulgação

 (Crédito: Divulgação)
Era primavera de 1984, o país passava por transformações na área política e o estado do Mato Grosso, inaugurava à pavimentação total das rodovias federais 070 de Cuiabá até Cáceres e à 174 desde Cáceres até Porto Velho sobrepondo um trecho da 364 em Comodoro. 

As estações rodoviárias de Rondonópolis ; Cuiabá e de Cáceres fervilhavam de migrantes chegando ao território mato grossense,  à busca de oportunidades nas mais diversas áreas. 

É nesse ambiente que desembarca o então jovem catarinense Álvaro Américo Sabatini Rocha,  recém formado em bioquímica pela conceituada Universidade Federal de Santa Catarina,  em Florianópolis. 

Natural Lages, Álvaro deixou para trás  familiares e amigos.  Ele também se distanciou das terras dos pinhais e das praias mais belas do litoral brasileiro. 

Em Cáceres viu se obrigado a se adaptar aos elevados termômetros que atingem 40 graus Celsius na maioria do ano. 

Sabatini Rocha,  não havia planejado ficar na Princesinha do Paraguai, inicialmente mirava o Território Federal do Guaporé,  recém elevado à categoria de estado em homenagem a Rondon,  passou a se denominar estado de Rondônia. 

Após percorrer as ruas apertadas da área central da cidade,  encantado com o mosaico de casarões com arquiteturas francesas; espanhóis: lusitanas; holandesa e até a italiana no caso à Casa Rosada, fez sua opção esquecendo à longínqua Rondônia. 

Eis ainda no hotel recebe a informação que o bioquímico João Batista da  Costa casado com a cacerense Carmem Castrillon,  estava vendendo o único laboratório da cidade,  partindo de mala,  cuia, caniço e samburá para longe de Cáceres. 

Álvaro não pensou duas vezes,  firmou os dois pés nos estribos do matungo que não deixou passar arreado, correu à mão na guaiaca que guardava suas economias e ali,  na mascada,  no pulo do gato, na pórva,  no catirete , na borracha pagou alguns milhares de cruzeiros ao vendedor,  se tornando  mais um filho adotivo de Vila Maria do Paraguai, ora Fasfavoo .

Não demorou muito o destino lhe reservou uma chinoca pantaneira,  filha de pais goianos que já estavam estabelecidas em Cáceres,  Martha Silveira,  irmã de Aristides,  filha do pecuarista  Mozar Quirino da Silveira que a exemplo de Álvaro chegou à caça de oportunidade trazendo seu sonho dentro de um Jeep, veio e venceu deixando um rico legado à gente cacerense. 

Pois bão! Álvaro se casa com Marta que altera o sobrenome da Silveira Rocha,  que dessa união brotam Leandro Peska e Amanda médica dermatologista atua no norte das Minas Gerais, no município de Montes Claros já nas bordas do estado da Bahia. 

O empreendimento de Álvaro evoluiu com muita dedicação e profissionalismo,  hoje o laboratório é referência na área de saúde,  não somente em Cáceres,  mais em toda vasta região do Oeste de Mato Grosso. 

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