Jornal Oeste

O brasileiro Igor Oliveira de Campos, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), de Mato Grosso, chegou depois das 16:40 de quarta-feira de ontem quarta-feira (28), ao município de San Matias, onde foi levado a bordo do helicóptero Super Puma e sob forte vigilância policial.


(foto El Deber)

Igor Oliveira, vulgo 'Irak', foi transferido das instalações dos Diabos Vermelhos da Força Aérea Boliviana (FAB) no aeroporto de El Trompillo, depois que o juiz cautelar Roberto Arias determinou sua expulsão do país e entrega ao Brasil, onde é procurado pela justiça pelos crimes de tráfico de drogas e associação criminosa.

Após um voo de mais de três horas, o líder do PCC de Mato Grosso chegou a San Matías, onde outro contingente policial o aguardava para reforçar a segurança e transferi-lo para a cidade brasileira de Cáceres, onde foi entregue à Polícia Federal do país vizinho.

"Começaram as operações para a transferência de Igor Oliveira, membro do PCC, para o Brasil, para que possa responder pelas suas dívidas à justiça no seu país. Não permitiremos que criminosos que criam ansiedade para a população andem à solta no nosso país", escreveu o ministro do Governo, Eduardo del Castillo, nas suas redes sociais.

Igor Oliveira foi detido no fim de semana na zona norte da cidade de Santa Cruz, juntamente com outras seis pessoas, cinco das quais de nacionalidade brasileira, quando a polícia de inteligência os surpreendeu com armas de fogo, munições e substâncias controladas.


(foto El Deber)

Os seus antecedentes indicam que se trata de um "peso pesado" do PCC, a maior organização criminosa do Brasil e da América do Sul, que expandiu as suas ligações com a Europa e África, enviando os seus emissários para comercializar a droga que compra na Bolívia, de acordo com um relatório publicado pelo meio de comunicação argentino Infobae.

Igor de Oliveira é o líder do PCC no estado de Mato Grosso, o que significa que ele controlava todos os negócios ligados ao tráfico de drogas e armas nessa grande cidade na fronteira com a Bolívia. Além disso, tinha sob seu comando outros emissários e assassinos brasileiros.

De acordo com os documentos da PF, aos quais o EL DEBER teve acesso, Irak também tem antecedentes pelos crimes de roubo agravado com destruição de obstáculo, roubo, roubo agravado (com arma de fogo), lesão corporal dolosa, desacato ao tribunal e furto.