Jornal Oeste

Nascido em 1951 no município de Cáceres, na fronteira do Brasil com a Bolívia, o cantor, compositor, escritor e pesquisador mato-grossense Guapo é filho de um físico e matemático com uma lavadeira ribeirinha, herdando dessa mistura o gosto que vai da música erudita a manifestações folclóricas pantaneiras, como o siriri e o cururu.

Com 18 anos, ele começou a tocar violão, além de se envolver com literatura, cinema e poesia.

Entre 1971 e 84, Guapo morou em Goiânia, Rio de Janeiro e São Paulo e, já de volta a Cuiabá, em 1985, ajudou a fundar o movimento Vanguarda Nativista, que propunha um novo canto para a música mato-grossense.

E foi a partir dessa pesquisa das raízes culturais do oeste brasileiro que surgiu o primeiro disco do artista, Pantanal…Branco e Preto, lançado em 1996.

Com quase 40 anos de estrada, Guapo conta atualmente com cinco discos gravados, sendo dois de músicas cantadas, dois instrumentais com a Orquestra do Estado de Mato Grosso e um do Festival Rua do Rasqueado, que ele ajudou a criar.

Além disso, o artista já tem diversos livros publicados, incluindo um de pesquisa da música mato-grossense e uma autobiografia.

Todos esses feitos e contribuições levaram Guapo a ser reconhecido em 2017 como Mestre da Cultura Popular de Mato Grosso pelo Ministério da Cultura.