Jornal Oeste

Tenho conversado com frequência com o ex-deputado federal Pedro Henry sobre a política de um modo geral. Concluímos que o governo Lula está indo bem e que em curto espaço de tempo terá expressiva maioria no congresso o que garante governabilidade. Em Mato Grosso, concluímos que o governador Mauro Mendes (UB) tem feito uma gestão técnica, política e construtiva. Assim como eu, está vendo o governador expurgar o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho e seus seguidores. Pedro diz que Mauro Mendes vai buscar eleger o maior número de prefeitos para tentar fazer seu sucessor e se eleger senador. Previu que ele, terá como adversário em 2026, o PSD de Carlos Favaro em conluio com o PT de Lúdio Cabral. Ainda deverá ter no palanque adversário o ex-governador Blairo Maggi e a galera do agro que gosta do Lula, Banco do Brasil e BNDES. Em Cáceres, para onde está retornando para atuar na área médica da região, Pedro Henry me fez uma leitura do cenário político atual que aponta para as eleições do ano que vem. Sobre possíveis postulantes, ele desqualificou o ex-deputado federal doutor Leonardo (Republicanos). Afirmou que ele desperdiçou as chances de ser um dos maiores líderes político do Estado, por ser incompetente. Disse que Leonardo podia ter ajudado a região quando esteve na Assembleia e não fez. Lembrou que Leonardo também esteve na Câmara Federal e teve acesso a emendas e a diversos órgãos para ajudar o Estado, Cáceres e região, e não fez quase nada. E finalizou dizendo que Leonardo não teve competência sequer para montar um grupo político. Em relação ao ex-prefeito Francis Maris (PSDB), Pedro afirmou que ele é péssimo político e que isso não é bom para o desenvolvimento da cidade e a governabilidade. Assim como Leonardo, Pedro Henry também disse que o bilionário ex-prefeito, mesmo estando oito anos como maior liderança política da cidade, não construiu um grupo, uma base política. Previu que se Francis for concorrer no ano que vem vai ter que usar ‘o pé de ferro’. Ou seja, tirar muita grana do bolso para pagar seguidores e apoiadores, como fez na eleição recente para deputado estadual. Já em relação a prefeita Eliene Liberato Dias (PSB), Pedro Henry reafirmou o que venho dizendo aqui. Ela só perde a reeleição para ela mesma e tem deixado escapar pelo vão dos dedos ao abraçar quem não deveria. Ele se referiu aos famosos secretários e coordenadores cabeça de bacalhau. Todo mundo sabe que tem mas ninguém vê. Essa colocação me fez lembrar que a atual gestão tem secretários que não foram a própria posse e que nunca apareceram em uma ação política. Corroborando com as falas de Pedro Henry, aproveito para expor aqui as críticas, duras, dos jornalistas e radialistas mais antigos da cidade em relação a prefeita e sua equipe. A maioria dos colegas dizem que a prefeita não dialoga com a imprensa, assim como faz o seu secretariado e coordenadores. Que ignoram a imprensa e só a procuram para apagar incêndio. Também teceram duras críticas ao modo como os veículos de comunicação vem sendo tratados pelo setor de comunicação, especialmente no que diz respeito a pagamentos. Pelo que apurei com colegas, tem veículos de comunicação que não receberam a mídia do Festival de Pesca, que acabou há dois meses. Além disso, eles se queixam que se quer recebem uma satisfação da prefeita e sua equipe. As reclamações não são apenas dos veículos locais. Os sites RDNEWS e Leiagora não tem economizado críticas. O Leiagora afirmou que a gestão está desgastada politicamente e o RDNEWS, indiretamente, tem chamado a prefeita de incompetente e mal assessorada. Como tenho dito aqui, é o preço por escolher governar com os amigos.

 
Pedro Henry
 
Voltando ao papo com o ex-deputado Pedro Henry, ele mostrou porque é um ‘monstro’ em política ao assumir o erro pelo fracasso da campanha de federal do ex-prefeito Túlio Fontes. Ele disse que errou amadoramente ao levar Túlio e Natasha Slhessarenko para o PSB. Reafirmou que nem ele e nem ninguém da sua família vai mais concorrer a um cargo político. Pelo que vi, só vai atuar nos bastidores.
 
Oportunista
 
A lua de mel do ex-prefeito Francis da Orla (PSDB), com os bolsonaristas de Cáceres acabou mais rápido do que começou. Bastou ele recuar de ir para o PL e dizer que não se acha bolsonarista para começar a tomar pau dos fanáticos pelo Mito. Um militante do movimento conservador postou um vídeo nas redes sociais recentemente moendo o Francis no cacete.
 
Incompetência
 
A incapacidade da prefeitura de Cáceres de resolver um problema simples, quase produziu uma tragédia e virou caso de polícia recentemente. Uma carreta boiadeira enroscou na fiação de uma casa no Jardim do Trevo e por pouco não colocou o imóvel abaixo. Resultado, o motorista foi autuado pela polícia e vai ter que pagar todos os danos. Não é só o motorista que devia ser responsabilizado, a prefeitura, principalmente, por não fazer nada para impedir o transito de carretas dentro da cidade.
 
Via alternativa
 
A eminente pré-candidatura de James Cabral a prefeito de Cáceres no ano que vem com o apoio dos partidos que estão na base do presidente Lula, já deixou os malas da política desesperados. James vem recebendo apoios de peso e manifestações espontâneas inclusive de apoiadores políticos da prefeita Eliene LIberato Dias (PSB). Conversei com várias pessoas que atuaram com ele em gestões passadas como secretários e coordenadores e a maioria esmagadora mostrou simpatia pela candidatura  de 'Cabral'. A sua simpliciade e o carisma conquistaram os servidores da prefeitura e muita gente na zona rural onde atua há anos.
 
Baygon
 
As tentativas de derrubar o secretário de Educação de Cáceres, Fransérgio Piovesan seguem fracassando. Isso é sinal que ele está jogando água quente no formigueiro certo. A maioria esmagadora dos profissionais da educação são comprometidos e cumprem com rigor as suas funções. A minoria que está no confronto com a gestão, é gente conhecida pelo corporativismo e pavor de sala de aula.
 
Piada
 
Na semana passada vi uma enquete para prefeito em grupo de whatsapp que só tem mala da política de Cáceres. Definitivamente, o povo não tem espelho em casa. Colocaram uns ‘pé de porco’ que não tem uma bicicleta para andar.