A moção dada pelo deputado estadual Francis Maris (PSDB), ao ex-adversário Takao Nakamoto (PTB), provocou um racha entre os bolsonaristas de Cáceres, que apoiaram Takao para prefeito contra o então candidato de Francis, Paulo Donizete. Os insatisfeitos perceberam o que Takao, ao que parece, não entendeu. A moção, sem uma justificativa plausível, foi uma clara demonstração de oportunismo político já que Francis está em pré-campanha para tenta voltar ao comando da prefeitura. A entrega de uma série de moções a pessoas de Cáceres pelo atual deputado, contraria seu próprio posicionamento quando foi prefeito. Francis sempre criticou a enxurrada de moções que os vereadores de Cáceres concedem enquanto estão no mandato. Na sua estada na Assembleia, Francis, até o momento, não consegui um real para obras de infraestrutura, a maior queixa dos cacerenses, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 8, pelo RDNEWS.
Pré-candidatos
Com a proximidade das eleições para vereador, uma verdadeira baixaria está rolando nos grupos de whatsapp de Cáceres. São trocas de insultos mútuos, divulgação de enquetes fajutas e ataques diretos a parte dos atuais vereadores que acabam aceitando as provocações e descendo ao nível de gente totalmente desqualificada e sem votos. A tendência é que isso piore a medida que se aproximar o dia da votação.
Devagar
A articulação e montagem de chapas para vereador está muito lenta em Cáceres. O PSB da prefeita Eliene Liberato Dias e o Republicanos do vice-prefeito Odenilson Silva, que tem o deputado estadual Valmir Moretto e o ex-deputado federal doutor Leonardo Albuquerque, são dois exemplos. Sem não começarem a agir, correm o risco de não terem chapas competitivas. A prefeita, que é a presidente do PSB precisa delegar esta função urgentemente para outra pessoa do partido que tenha experiência e habilidade. Já o ex-vereador Salmo Cesar, que é presidente do Republicanos, precisa se unir ao vereador Celso Silva, Moretto e a Leonardo e iniciarem já a montagem de sua chapa. Outro que precisa começar a agir é o presidente da Câmara de Vereadores Luiz Landim (PV). Ele tem um problemão pela frente por conta da Federação PT, PV e PC do B. A disputa será dura especialmente com os vereadores do PT, Cezare Pastorello, Mazeh Silva e com o suplente Pedrinho do Sindicato.
Desgaste
Um projeto de lei simples, que poderia ter sido aprovado sem maiores polêmicas, colocou Cáceres no cenário nacional. O PL 08, que institui o dia do Orgulho LGBT ganhou nota de apoio de entidades públicas e representativas, em todo o País, além de manifestações de apoio como o da embaixadora da ONU no Brasil e cantora Daniela Mercury.
Radicalismo
Na contramão, um grupo de religiosos e políticos bolsonaristas se colocam contra o PL, alegando que reconhecer que existem pessoas LGBT seria a destruição das famílias. Tenho que informar a eles que essas pessoas existem, a homofobia é crime e Bolsonaro não é mais presidente.
Justiça
Por conta das falas homofóbicas proferidas em audiência pública realizada na Câmara de vereadores no último dia 11 de abril, várias pessoas estão sendo indiciadas e alguns vereadores podem perder até o mandato. Ao menos três já foram ouvidos pelo Ministério Público Estadual; Pastor Júnior (Cidadania), Cezare Pastorello (PT) e Luiz Landim (PV). Outros participantes da audiência pública contra o PL 08 devem ser ouvidos nesta semana.
Efeito
Por conta da repercussão negativa, a Câmara emitiu hoje, 8, uma nota de esclarecimento e pedido de desculpas. E o presidente, vereador Landim, ainda determinou que o vídeo da reunião fosse indisponibilizado. Ou seja, quem viu, viu, quem não viu, vai ver só na Justiça. O bambu tá gemendo.