Artigos / Wilson Fuá

07/06/2024 - 11:45

A escolha por exclusão

                        A democracia ainda é o melhor sistema político do mundo, pois vence o mais votado, mas muitas vezes o mais votado não é o melhor que deveria ser eleito, e no decorrer do mandato, a verdade das campanhas torna-se a mentira exposta no exercício do poder.

                   De eleição em eleição, aumenta-se os números de abstenção, isso significa que pelo descrédito do poder executivo, ocorre um afastamento do povo do processo democrático, pois “ninguém mais acredita, mais em ninguém”, e até a escolha por exclusão, está ficando cada vez mais difícil,  como acreditar em pelo menos um candidato por antecipação, se nenhum passa a confiança.

                   Existe pelas ruas uma tristeza espalhada nos rostos das pessoas, a alma do povo está cheia de mágoa, de revolta, e diante dos fatos crescentes de má gestão, aumenta a indignação, que vem pela constatação da  situação em que os políticos deixaram de ser políticos, e se transformaram em atores nos filmes das Delações Premiadas, são imagens que não tem como negar, pois expõe alguns  políticos “metendo as mãos” no dinheiro público, e com o sentimento “degenerativo na política”, e por causa de uns outros são jogados na vala comum.

             Quando mais se aproxima as eleições, os candidatos começam a aparecer com os seus sorrisos emoldurados com os seus dentes artificiais e demostrando as suas alegrias individualizadas, e portam assim, porque acreditam nas suas próprias malandragens, e que através destas,  possam continuar a enganar o povo infinitamente, tendo como base,  a força do poder financeiro acumulado através das Verbas Indenizatórias e outros acordos espúrios.

                    Agora, com os debates poderemos assistir os candidatos tentando  usar o seu poder de  massificação  das suas inverdades, e com  sequências das repetições de falsas possibilidades de realizações públicas,   proposta de uma cidade em forma de paraíso, lugar onde eleitor escolher para fazer a sua morada, e que com o seu voto pensa encontrar entre os candidatos, pelo menos um que possa construir uma cidade com as melhores condições para viver, ter a satisfação e o prazer de morar, sendo o lugar que escolheu para criar seus filhos com segurança e por isso, tem sempre a expectativa de  receber do poder público, o retorno do imposto altíssimo que paga religiosamente, e se não pagar, o seu nome vai para a Dívida Ativa e terá as penalidade como protesto, inserção do SERASA, (entre outros) e inclusive no seu próprio patrimônio (averbação pré-executória), podendo chegar a perder os seus bens (leilão judicial, adjudicação).   

             Só a democracia tem o poder de renovar a esperança de dias melhores para os eleitores, mas de eleição em eleição, tudo está piorando, e o que vemos é um quadro políticos que estão se renovando, só que para o pior.                   
                            
           A democracia nos tempos passados era uma festa cívica, que   começava a partir dos comícios e perduravam até o dia da eleição, onde as pessoas compravam roupas novas para irem bem vestidas para votar, e nesse dia cívico, o povo procurava honrar o seu voto, os partidos eram agremiações respeitadas e amadas pelos seus filiados ou simpatizantes, mas hoje os partidos viraram apenas uma roupa que se veste para ganhar eleições, e a maiorias dos políticos nunca leram os estatutos partidários, e como falar em ideologia se no país onde existem mais de 30 partidos e até criaram a janela para troca de partidos, ou os políticos criaram legalmente trinta dias para a traição ideológica, desmoralizando a existência dos partidos, e que antigamente diziam que o cargo dos eleitos seriam do partidos e não dos candidatos, ou seja, se quiser trocar de partido deveriam deixa o cargo, mas agora, essa verdade ideologia não existe mais.

           A nossa vida depende da politica, em todas as atividades sociais e econômicas se refletem em ideias de ordem vindas através dos projetos legislativos, mas o tempo passa e o quadro político vai piorando, os debates entre os tribunos não existem mais, o que vemos hoje, é um fracasso de uma parte desta geração de políticos, os discursos está recheados de palavrões desrespeitosos, ofensas destrutivas da moral dos Vossas Excelências,  e se não “apartar” vai para as tentativas de agressões físicas, o plenário virou lugar de espetáculos mais depressíveis e proibidos para menores, e o presidente da mesa tem que desligar os microfones para que a “Casa de Leis não vire a Casa de Irene”.
 
Wilson Fuá

por Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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