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30/03/2010 - 00:00

De tambaqui a bacalhau Semana Santa aquece comércio de peixes em Cáceres

Correio Cacerense Os católicos estão em contagem regressiva para o segundo maior feriado santo da igreja, (o primeiro é o Natal) e há três dias da Sexta feira da Paixão, o alimento específico desta data, o peixe, é o prato do dia, já sendo grande a procura por pescados em Cáceres, a exemplo de outras cidades. Ressalte-se que apesar de não estar escrito na Bíblia, comer peixe na Sexta-Feira Santa tornou-se uma prática religiosa instaurada pelas igrejas e nesse dia, os católicos evitam comer carne vermelha, em respeito ao sacrifício de Cristo. Na terra de São Luiz, a tradição católica desafia os tempos e as evoluções prevalecendo nesta semana o costume de comer peixes, e vários são os pontos de comercio de peixes em Cáceres, onde podem ser encontrados o tambaqui a R$ 6,75 o quilo, bem como o pintado, este um pouco mais caro, R$ 11,98. Aqueles com maior poder de compra, preferem o tradicional bacalhau, que em comparação a anos anteriores, nesta semana santa não está com preços tão abusivos, podendo ser encontrado bem em conta, exceto o bacalhau norueguês, cujo preço está meio salgado, R$ 34,90 mas os de maior poder aquisitivo, não abrem mão de saborear no feriadão santo, o saboroso bacalhau com batata. Só para relembrar, o bacalhau foi trazido pelos portugueses onde já era o peixe oficial da Semana Santa, principalmente na Sexta-Feira Santa. Interessante é que, no começo, era um prato barato. Depois foi se tornando caro e nobre, consumido também no Natal. De uma maneira geral, o peixe foi escolhido na Semana Santa por não ter sangue quente. Se você quer saber porque este peixe nobre tem este nome, é simples, bacalhau é o nome dado ao peixe depois de salgado e seco. O verdadeiro bacalhau é obtido da cura ou salga do peixe Gadus Morhua, que é também popularmente conhecido como o legítimo bacalhau do Porto. No entanto, outros tipos também são bastante apreciados pelo sabor. O bacalhau surgiu da necessidade de se ter um alimento que durasse muitos meses por longas viagens. Os vikings o secavam ao sol, já que não tinham sal. Depois, os espanhóis e portugueses instituíram a salga do Morhua e espalharam a tradição de comer o peixe, em datas festivas, em suas colônias. Histórias a parte, o bacalhau ainda é importado, ao contrário da maioria dos pescados encontrados nos mercados da cidade, que são de criadores, já na feira livre os peixes são mesmo do velho e piscoso Rio Paraguai e os preços chegam em alguns pontos a R$16,00, já na colônia dos pescadores pode se encontrar o mesmo peixe por R$15,00. Imprimir