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20/05/2025 - 08:12

Free Shop em Cáceres vira motivo de revolta e revela estratégia política de Eliene

Aquilo que foi anunciado com festa e alarde como uma grande vitória para o povo de Cáceres acabou se transformando em motivo de revolta, frustração e sentimento de traição. A prefeita Eliene Dias fez questão de colocar sua imagem à frente da promessa da instalação de um free shop — as famosas lojas francas — na cidade, vendendo a ideia como um marco para a economia local. Mas, na prática, tudo não passou de mais uma jogada de marketing político.

Eliene chegou a mobilizar o governo estadual, reuniu empresários, lideranças políticas e chamou a imprensa para divulgar o projeto, prometendo que o free shop traria desenvolvimento, empregos e turismo. Garantiu que tudo estava certo e sem obstáculos. Só que a verdade foi outra: o projeto ainda precisava passar pela aprovação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso — algo que nunca foi garantido e sequer teve sinal verde.

Para piorar, o governo estadual decidiu impor uma taxa de 5% sobre os produtos vendidos nas lojas francas. Isso vai contra o modelo que funciona no restante do país, onde o grande atrativo desse tipo de comércio é justamente a isenção de impostos. A cobrança torna o negócio pouco atrativo para investidores, que começaram a recuar, percebendo que o sonho vendido pela prefeita não tinha base sólida.

O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, desmontou outra parte da narrativa criada pela gestão de Eliene:
"O funcionamento das lojas francas não depende de uma nova legislação estadual."
Ou seja, já existia amparo legal federal para que o free shop fosse implantado, mas com incentivos, não com obstáculos como a nova tributação proposta.

Diante disso, empresários e população se sentem enganados. O sentimento nos bastidores é de que tudo não passou de um “teatro político” criado para gerar mídia e ganhos eleitorais. A prefeita usou o discurso de geração de empregos e crescimento do comércio como promessa de campanha, mas não entregou nada de concreto.

Um empresário local, que preferiu não se identificar, desabafou:
"Foi vendida uma ilusão. Prometeram um modelo pronto e viável, mas o que recebemos foi uma armadilha tributária e um projeto político vazio."

Com a cobrança do imposto estadual, Cáceres perde competitividade em relação a outros municípios que já têm free shops funcionando com isenção total. O que era para ser uma conquista virou um problema. E o nome de Eliene, que buscava crédito político com o projeto, agora fica marcado por mais uma promessa não cumprida.

Para a população, especialmente a mais humilde que sonhava com empregos e melhores oportunidades, tudo isso soa como mais um caso de enganação. A verdade é que o tal free shop nunca esteve garantido. Foi só mais uma ilusão vendida em época de campanha, sem compromisso real com o futuro de Cáceres. Imprimir