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27/01/2010 - 00:00

Comarca de Porto Esperidião auxilia famílias carentes com cestas básicas

Assessoria/TJ Funcionários do Fórum da Comarca de Porto Esperidião, a 326 km a oeste de Cuiabá, iniciaram nesta semana a entrega de 80 cestas básicas a famílias carentes que residem no município. As cestas são provenientes de transações penais realizadas durante duas edições da Semana da Conciliação, realizadas nos meses de setembro e dezembro de 2009. O juiz Cristiano dos Santos Fialho, titular da Comarca de Jauru (distante 425 km a oeste da Capital), que também jurisdiciona na comarca de Porto Esperidião, ressaltou o excelente resultado obtido nas ações desencadeadas pelo Poder Judiciário e já programa novas ações em prol da sociedade local. “Pretendemos repetir ações desta natureza. Em breve converteremos os valores alcançados com um leilão de madeira apreendida. Devemos atender famílias já cadastradas junto a entidades filantrópicas”, salientou o magistrado. Os beneficiados com as cestas foram indicados pela Pastoral da Criança e pela Secretaria de Assistência Social do município, que confeccionaram um cadastro de famílias carentes. O gestor-geral da comarca, Jorge Luis Carneiro, revelou que já tinha ouvido falar da situação de miserabilidade de algumas famílias do município, mas se emocionou com a realidade de dezenas de pessoas que tinham apenas uma espécie de angu doce para se alimentar. “Poder entregar alimentos foi emocionante, pois algumas pessoas choraram. Você sente um pouco da dor deles. Eu tenho dez anos de Poder Judiciário e esta foi a situação mais tocante que vivi aqui“, ressaltou o gestor, que está entregando as cestas pessoalmente, auxiliado pela gestora administrativa Mônica Garcia Nardoni de Oliveira. “Algumas famílias estão em completo estado de pobreza”, observou a servidora. Por causa do estado precário em que se encontram, há famílias que receberão duas cestas básicas. Cerca de 50 famílias devem receber as cestas. Em um dos casos, a mãe mora com seis filhos em um casebre sem energia. O pai das crianças está preso, acusado de tentativa de estupro praticado contra a filha mais velha, de dez anos. Em muitos casos as famílias são ribeirinhas e muitas delas nem possuem cadastro de pescador. Uma das responsáveis pela Pastoral da Criança no município, Roseli Maria Carvalho de Souza, narrou que a região é muito pobre e ações como esta são sempre bem vindas, pois ajudam a amenizar algumas situações caóticas. “Precisamos muito de outras campanhas como esta”, exclamou. As cestas distribuídas são provenientes de transações penais relacionadas a crimes de menor potencial ofensivo. O analista judiciário e conciliador Alexandre Fornanciari Wolski disse que somente na última edição da Semana da Conciliação, realizada em dezembro, 29 das 60 audiências foram frutíferas e resultaram em acordos. “A maioria dos casos envolveu situações de lesão corporal, ameaça e crimes contra a honra, como injúria e calúnia. As atividades conciliatórias ajudaram na aproximação da Justiça com a comunidade”, finalizou o conciliador. As entregas devem prosseguir ao longo desta semana. Imprimir