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27/01/2010 - 00:00

Hospital Bom Samaritano realiza campanha de combate hanseníase

Correio Cacerense A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu o último domingo do mês de janeiro como o Dia Mundial de Combate à Hanseníase. Em Cáceres, a técnica em laboratório e atual responsável pelo o Hospital o Bom Samaritano Rose Malaguti, disse que na tarde de sexta-feira (29), acontecerá uma mobilização na Praça Barão do Rio Branco, onde serão distribuídos panfletos informativos para as pessoas. E no domingo (31), serão feitas alusões aos cuidados com a Hanseníase nas Missas celebradas em algumas Igrejas Católicas da cidade. A campanha segundo Rose que será realizada em nível mundial, será organizada em Cáceres pelo hospital e contará com a participação de médicos, enfermeiros e técnicos da própria casa de saúde e dos PSFs. Malaguti informou ainda que no hospital o Bom Samaritano há 20 pacientes são atendidos, além dos casos dos PSFs, e só em 2010 foram registrados pelo menos cinco novos casos da doença em Cáceres. Segundo dados parciais divulgados pela Superintendência de Vigilância em Saúde o número de novos casos de hanseníase em Mato Grosso, em 2009, foi de 2.275, com uma taxa de 73% de cura, ocupando o quinto lugar no ranking de Estados que mais notificaram a doença, no ano. Os 10 primeiros Estados no ranking são: Pará (3.419), Maranhão (3.303), Pernambuco (2.584), Bahia (2.285), Mato Grosso (2.275), Goiás (1.891), Ceará (1.815), São Paulo (1.521), Minas Gerais (1.441) e Tocantins (1.063). Uma série histórica, de 2006 a 2009, mostra que os números da hanseníase vêm caindo paulatinamente nos últimos anos em Mato Grosso. Em 2006 tivemos 3.169 casos novos da doença no Estado. Em 2007 esse número caiu para 3.008 e em 2008 foi de 2.688 casos. Atualmente, 100% das cidades mato-grossenses desenvolvem as ações de prevenção da hanseníase, sendo que 77% das unidades de saúde do Estado contam com programas de controle da doença. A Saúde também tem investido na supervisão, capacitação de profissionais e em campanhas educativas. O tratamento da hanseníase é gratuito e tem uma duração de seis a doze meses. "Sete dias após o início do tratamento, a pessoa não transmite mais a doença, porém é necessário que se concretize o tratamento para se obter a cura", disse o coordenador. A hanseníase é uma doença causada por uma bactéria, a Micobacterium leprae, que se propaga quando a pessoa portadora da doença fala, tosse ou mesmo respira próximo de alguém que não tem a bactéria. Alguns fatores, como o uso de água tratada, prática de saneamento básico, condições habitacionais confortáveis, podem diminuir a ocorrência da doença. A migração elevada e as grandes periferias urbanas, onde a qualidade de vida é baixa, também podem facilitar a disseminação da hanseníase, mas não são as causas fundamentais de sua propagação. Atualmente, a contaminação por hanseníase é creditada a uma fraqueza do sistema imunológico do seu portador e tem como principal característica a inflamação de terminações nervosas. A hanseníase se manifesta, inicialmente, através de manchas dormentes brancas ou avermelhadas na pele. A doença tem cura e o tratamento é feito gratuitamente nos centros de saúde, sem necessidade de internamento, a não ser em casos especiais. Técnicos do Programa de Controle da Hanseníase da Sesab advertem que quanto mais cedo for estabelecido o diagnóstico da doença e iniciado o tratamento, mais rápida a cura. Outra importante questão diz respeito aos cuidados que devem ser observados pelos portadores de hanseníase, a fim de evitar seqüelas ou deformidades decorrentes da doença, em função da falta de sensibilidade nas áreas afetadas, a pessoa não sente quando sofre algum ferimento ou queimadura, por exemplo. Imprimir