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21/04/2024 - 10:36

​DEU NA VEJA Número 2 do Mapa advogou para fazendeiro acusado de devastar Pantanal

O secretário-executivo do ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), Irajá Lacerda, já atuou como advogado do empresário Claudecy Oliveira Lemes no tamanho de 80 mil hectares, para plantar capim e abrir pastagem para seu gado.

A informação foi divulgada pela Veja hoje (20), em seu site.

O número 2 do ministério diz que já deixou o caso.

O nome de Lacerda, que é o número dois do Mapa, figura como representante legal do fazendeiro em um processo administrativo que tramita na Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso – veja abaixo.

A informação foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 1º de junho de 2023. 

Segundo a Veja, no processo em que Lacerda aparece como representante legal do fazendeiro, Lemes foi autuado por devastar três centenas de hectares de vegetação nativa do Pantanal, além de desenvolver atividade sujeita a licenciamento ambiental dentro de uma área de conservação.

O secretário-executivo também foi chefe de gabinete do ministro Carlos Fávaro na época que ele era senador da República.

Irajá  é filho de José Esteves Lacerda Filho, suplente do ministro. Devastação do Pantanal Segundo reportagem do Fantástico.

A fazenda alvo da investigação está em embargada. Todas as propriedades serão administradas por uma empresa definida pela Justiça até o fim das investigações. 

A área desmatada soma o tamanho da cidade de Campinas, em São Paulo.

O objetivo do fazendeiro, conforme a apuração do MPE e da polícia, seria aniquilar a vegetação mais alta, fazendo um  desfolhamento químico por pulverização criminosa despejada por avião para destruir a mata. 

A investigação da Polícia Civil descobriu que para conseguir isso, o fazendeiro teria realizado a aplicação de herbicidas ao longo de três anos.

As notas fiscais revelaram, segundo investigadores, que só com a compra de agrotóxico, Claudecy gastou R$ 25 milhões.

Após a denúncia, o Governo de Mato Grosso revelou que aplicou multa de mais de R$ 2,8 bilhões ao fazendeiro. 

Outro lado À reportagem do , Irajá Lacerda afirmou que só atuou como advogado de Claudecy em uma ação de 2019 e que não faz mais a defesa do empresário. Inclusive, Irajá salienta que está afastado das atividades advocatícias por conta da atuação no ministério. Imprimir