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07/02/2022 - 11:44 | Atualizado em 07/02/2022 - 13:26

Ladeira

Se a ‘amiga veia’ não abrir o olho, não recupera mais a situação da Saúde de Cáceres, que está descendo de ladeira abaixo. Já se passou um ano, com a Secretaria de Saúde na mão dos entendidos, médicos e enfermeiros. A prefeita Eliene Liberato Dias (PSB) precisa colocar à frente um gestor, porque a população não quer mais desculpas, quer o básico: atendimento e sair com a sua dipirona ou outro remédio no bolso. Terceirizados sem receber, falta de medicamentos e até fechamento da Central Covid no período noturno são incompatíveis com a mesma prefeitura que tem dinheiro para fazer as obras e eventos que está fazendo com recursos próprios. Avisada já foi.
 
Protocolo
 
Os problemas que a falta de organização com os protocolos de atendimento de pacientes com suspeita de COVID já virou, literalmente, problema de polícia. Neste sábado que passou, uma cidadã com sintomas foi procurar atendimento na UPA, junto com seu pai, e simplesmente não foram atendidos. Disseram pra eles que teriam que ser atendidos na Central COVID, que já estava fechada. Ambos foram registrar Boletim de Ocorrência no CISC. Eu já havia alertado para isso na coluna da semana passada.
 
Ainda pode piorar
 
Se já está ruim, ainda pode piorar. Realmente foi efetivada a extinção da Coordenação de Especialidades na Secretaria de Saúde. Ou seja, cuidar do atendimento, que era função de duas coordenações, agora vai ficar nas costas só de uma pessoa. Trata-se da Nutricionista Rosane Alves Vilela Gaiva que é servidora de carreira. Conversei com alguns servidores e por unanimidade eles disseram que isso não vai dar certo. Espero que eles estejam errados. Veja aqui como ficou a mudança https://diariomunicipal.org/mt/amm/publicacoes/961893/
 
Incompetência
 
Outro dia vi uma série de reclamações sobre falta de medicação da Central de Covid e na UPA de Cáceres. Fui olhar na conta do município e achei R$ R$ 6.143.511,90. Se tem grana e não tem remédio, o nome disso é o que? E tem mais grana da saúde parada na conta do município. Para investimentos e melhorias nas UBS e demais unidades de saúde tem R$ 1.444.874,59. Detalhe: Se não usar até o final do ano, perde o recurso.
 
Oposição
 
A sorte da prefeita de Cáceres, Eliene Liberato Dias (PSB), é que na Câmara Municipal ela tem uma fraquíssima oposição, que mais se vitimiza e reclama do que atua. Para completar, os bolsolóides que são os mais atuantes em reclamar do lado de fora, na Câmara tem um representante fraco, que só age quando está sendo teleguiado.
 
Analfabetos
 
Um grupo de vereadores que fez um teatro com a majoração do IPTU, ocupando espaço na mídia para mostrar que estão preocupados com a população, precisa estudar leis. Nem o Papa Francisco pode reduzir o valor do IPTU este ano. A matéria é competência do Executivo pois se trata de renúncia de receita que dependendo do modo que é feita pode dar improbidade administrativa para a prefeita. Ademais, qualquer mudança só valerá para 2023. O caminho é o que a OAB está percorrendo. Achar uma brecha jurídica para que o reajuste fique ao menos na perda inflacionária.
 
Ficando feio
 
Na semana passada, pra variar, teve uma confusão armada na Câmara Municipal. A vereadora Mazeh Silva (PT) recolheu as assinaturas dos vereadores Marcos Ribeiro (PSDB) e Leandro dos Santos (DEM) para fazer uma convocação da Secretária de Educação, Liamara Rodrigues. Só que Marquinhos e Leandro são suplentes na Comissão de Educação. Flávio Negação (DEM) e Franco Valério (PROS), que são os titulares, nem ficaram sabendo. Pediram providências ao presidente Domingos dos Santos (PSB), que de imediato anulou a convocação.
 
Redimensionamento
 
E toda essa movimentação aconteceu porque a vereadora Mazéh insiste na pauta de não querer que o as escolas do Município recebam as crianças do primeiro ano. O Estado já cedeu 25 professores para o Município, o que está causando um descontentamento com os professores temporários que queriam ficar nas vagas. A vereadora reafirma que o problema é que as crianças vão ficar com menos opções de escolas, mas não consegue juntar um fusca de mães que relatem não ter conseguido matrícula. Na verdade, soltou uma nota dizendo que em uma reunião da Câmara o plenário estava lotado de mães, quando na verdade estava lotado de professores. Nenhuma mãe ou pai se apresentou registrando dificuldade de matrícula.
 
Corporativismo
 
Esse corporativismo da vereadora, em defender interesses do Estado, e contra os interesses do Município, só aumenta o desgaste dela com os servidores da Secretaria de Educação e da prefeitura em geral. Já pediram ‘a lista’ das mais de 600 crianças que a vereadora alega terem sido prejudicadas, mas até agora, nem na Ouvidoria, nem na Secretaria de Educação e nem no Ministério Público apareceu nenhum nome. Daí fica difícil conseguir apoio.
 
Glebalização
 
Um assunto que pegou os advogados de Cáceres de surpresa é a extinção da Vara do Trabalho de Cáceres, onde o vereador Cezare Pastorello (SD) também é servidor. Sob a alegação de baixo volume de processos, o TRT vai montar uma comissão para extinguir a Vara e movimentar os servidores. Os processos daqui serão julgados em Mirassol D’oeste. A extinção vai na contra mão do protagonismo de Cáceres como cidade polo, que já concentra Polícia Federal, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União e duas Varas da Justiça Federal. É um retrocesso total, que aponta a falta de representantes políticos de peso. Se tivesse ao menos um deputado federal, isso não aconteceria.
 
Unemat
 
A notícia da entrada do professor Celso Fanaia na corrida pela reitoria da Unemat surtiu efeito instantâneo. O professor Roberto Arruda já fechou e anunciou sua candidata a vice-reitor. A atual gestão da instituição já se movimenta para escolher entre seus aliados os candidatos a reitor e vice. Entre os cotados estão Vera Maquêa e Nilce Maria da Silva. Analisando o quadro e com a experiência de quem já trabalhou e viveu o processo eleitoral na universidade, acho que teremos três chapas. A chapa da situação, Roberto Arruda na oposição e Celso Fanaia como terceira via.
 
Coco
 
Passou quase despercebida a estada do vice-prefeito Odenilson Silva (Republicanos), como prefeito de Cáceres por uma semana. Mas isso tem uma explicação. Ele não é político profissional como foi Guaresqui e Kishi. Para ser político profissional ele terá que se dedicar cem por cento a política e isso é uma coisa que o coquinho não fará nem na bala. Desta forma a ‘amiga veia’ pode ficar mais tranquila que a facada nas costas não virá tão cedo. Mas não custa ficar esperta.kkkkkkkk
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