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12/07/2021 - 14:37

Descontentes

Duas nomeações na semana passada na gestão da prefeita de Cáceres, Eliene Liberato Dias (PSB), aumentou ainda mais a insatisfação de alguns partidos aliados. A ida do candidato derrotado a vereador Paulo Narita para uma das coordenações da Secretaria de Assistência Social e a reativação da Secretaria Saneamento e Meio Ambiente para acomodar Júlio Parreira, ambos do partido da prefeita, rendeu críticas, inclusive públicas de lideranças, entre elas, do PROS. De acordo com as críticas, Eliene não está cumprindo acordo de pré-campanha que seria de governar junto com aliados e encheu a sua gestão de membros do seu partido e aliados de campanha que fizeram parte da gestão passada e até de pessoas que trabalharam para o candidato derrotado e adversário Paulo Donizete (PSDB). À Coluna, um dos críticos, que pediu para não ser identificado, afirmou que no ano que vem já será a vez de dar a resposta ao não cumprimento do acordo. Ele disse que Eliene vai ter que colocar o seu partido e todos o seu secretariado pessoal para sair na rua para pedir votos para seus candidatos na eleição do ano que vem. Analisei com muita calma as críticas e honestamente sou obrigado a concordar. Como diz o ditado, ‘ninguém é obrigado a prometer, mas se fizer, tem que cumprir’.
 
Cansou
 
O vereador Cézare Pastorello (SD) completou seis meses como líder da prefeita de Cáceres, Eliene Liberato Dias (PSB) e entende que já deu a sua contribuição a ‘amiga véia’. Ele deve entregar a liderança nos próximos dias. Cézare disse que ainda não comunicou a decisão a prefeita, mas contou a Coluna que continuará apoiando a atual gestão. Com relação ao seu substituto, Cézare disse que dentro atual quadro da Câmara, o nome com melhor perfil é do veterano vereador Rubens Macedo (PTB). No começo da legislatura, o nome de Macedo também estava cotado para assumir a liderança.
 
Bravo
 
O contador da campanha da prefeita de Cáceres, Eliene Liberato Dias (PSB), Enézio Mariano, que é filiado ao PROS, tem feito publicamente duras cobranças a gestora. Ele a acusa de calote financeiro e não cumprimento de acordo político. É o que digo sempre aqui: ‘dor de barriga não dá uma vez só. Ajoelhou, tem que rezar’.
 
Terceira via
 
Na sexta-feira, 9, participei do Encontro Estadual do PDT de Mato Grosso. La foi apresentada a estratégia para eleger deputados no ano que vem e colocadas as possibilidades de participação da legenda na disputa estadual. Na minha avaliação o PDT deverá estar na terceira via de centro esquerda que não apoiará a reeleição do governador Mauro Mendes (DEM) e o candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em nível nacional, pelo que tenho visto, esta decisão também está sendo analisada. Creio que o PDT caminhará com os tradicionais partidos de esquerda. Cheguei a essa conclusão ao ouvir o discurso de um dos vice-presidentes nacionais do partido, Miguelina Vecchio que esteve no encontro. Em um discurso invejável, a socióloga não atacou o PT, mas disse que os erros do partido colocaram Bolsonaro no poder. Ela atestou que a vontade do presidente nacional do partido, Carlos Lupi formou maioria no partido ao não economizar críticas ao atual presidente da república. Miguelina contestou a pecha de que Bolsonaro é fascista. Para ela, o presidente é um ‘boco’, pois até para ser fascista precisa ter sanidade.
 
Desdém
 
Por falar no encontro estadual do PDT, no anterior, que também acompanhei, a maioria das grandes lideranças políticas de Mato Grosso estiveram presentes, inclusive o governador Mauro Mendes (DEM), que foi inclusive de muletas. Este ano, como o PDT colocou para fora o ‘bolsominio’, vice-governador Otaviano Pivetta, a maioria esmagadora sequer mandou representante. O único que apareceu foi o senador Wellington Fagundes (PL), desesperado porque perdeu sua base política e precisa pegar carona para continuar na vida pública.
 
SSPM
 
Após a divulgação de que a eleição para presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da prefeitura de Cáceres (SSPM), que acontece no ano que vem, seria polarizada entre Eliel da Rocha e Fábio Lourenço, ao menos mais dois nomes foram ventilados. Nilson Magalhães, que disputou a última eleição, e professora Geni do Vila Irene. O interesse deve ser pela ajuda de custo que é paga ao presidente porque do ponto de vista administrativo a entidade acumula dívidas e processos. Em média, nas últimas eleições do SSPM, cerca de 500 associados compareceram para votar. Na última disputa Fabio venceu Nilson com mais de cem votos de diferença.
 
Coco
 
Mesmo ele negando, nos bastidores políticos e nos corredores da Secretaria de Saúde da prefeitura de Cáceres, a maioria acredita que o vice-prefeito Odenilson José da Silva (Republicanos), realizou seu sonho de assumir indiretamente o comando da pasta com a saída do ex-secretário Sérgio Arruda (Podemos). Indicadores que confirmem essa tese não faltam. A atua secretária, Elis Fernanda, por exemplo, seria apadrinhada dele. Na semana, outra indicativo da influência do vice-prefeito teria sido a demissão do coordenador de regulação, Carlos Hamilton, último da equipe nomeada por Sérgio Arruda.
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