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18/11/2020 - 08:54

Vereador que não foi reeleito diz que teve manipulação de votos em Cáceres. Ouça

O candidato a reeleição Wagner Barone(PTB) em áudio vazado no whatsapp questionou o resultado obtido por ele na eleição de domingo em Cáceres.

O aúdio que circulou no whatsapp conta o momento em que Barone que tentou reeleição questiona a seriedade do processo eleitoral em Cáceres.

Em determinado momento Barone questiona que não teve um voto em alguns locais de votação.

'Teve colégio eleitoral que não tive um único voto. E eu tive confirmação de duas ou três pessoas que são amigos de verdade mesmo', questiona Barone.

Em outro momento o vereador coloca em xeque o processo eleitoral em Cáceres e no país.

'Num país que a gente está hoje, para o pessoal fazer uma manipulação é absolutamente compreensível. Pra que não reste dúvidas, a gente possa talvez confirmar se houve este tipo de manipulação que estou contando com o apoio agora para confirmar estes votos. Se tiver que ir atrás a gente vai correr atrás, porque os votos precisam aparecer', ameaça o vereador.

Barone teve 175 votos neste ano, em 2016 ele foi eleito com 782 votos.

A redação do FOLHA 5 entrou em contato com a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso e à nossa redação, a assessoria disse que não vai comentar o caso, considerando que não é possível averiguar as acusações, pois no áudio não consta o local de votação e a seção eleitoral onde o fato supostamente ocorreu.
 
'Rachadinha'

Wagner Barone teve bens bloqueado pela Justiça no montante de R$42.614,90 após ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Estadual, por meio da 4ª Promotoria de Justiça Cível.

Barone foi requerido em Ação Civil Pública (ACP) em razão da prática de atos de improbidade administrativa por inobservância dos princípios da administração pública.

O parlamentar que não se reelegeu na condição de vereador do município, na época constrangeu o assessor parlamentar Alander José do Carmo Marcino a repassar valores percebidos licitamente, a título de adicional de função, a Tânia Reis, contratada pelo demandado para exercer funções de assessoria parlamentar no gabinete. 
Tânia Reis era responsável por fazer a divulgação do trabalho político do requerido nas redes sociais. Assim, o vereador possuía dois servidores em seu gabinete mediante pagamento de apenas um, que de fato possuía vínculo com a Câmara Municipal.

O caso ficou conhecido como 'Rachadinha'.
 
Atualizado às 14:08p.m
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