De hoje a 15 de novembro teremos a campanha eleitoral para senador, prefeito, vice e vereador. O ex-deputado federal Pedro Henry há uns vinte anos me disse que nunca teve coragem de disputar a eleição de vereador por considera-la a mais difícil de todas. Perguntei por que e ele justificou dizendo que são muitos candidatos, inclusive amigos e familiares, que por terem algum tido de afinidade com outros candidatos, acabam mentindo que vota em você. Na mesma conversa, perguntei qual o segredo para ganhar uma eleição. Já experiente, me respondeu. Tem que ser profissional. Metade é no conhecimento e na sua capacidade de conquistar o voto e metade tratando a campanha como uma empresa. Ele também antecipou o outro questionamento sobre fenômenos eleitorais, àqueles candidatos inimagináveis que tem uma votação surpreendente, na maioria voto de protesto. Ele explicou que o fator Juruna e doutor Enéas, são raros, por isso são tratados como fenômenos. Em Cáceres 251 corajosos colocaram seus nomes a apreciação do eleitor. Infelizmente, a maioria, mesmo tendo alguma chance, vai perder por analfabetismo digital. Nesta eleição, quem não usar e com inteligência todas as mídias digitais vai naufragar. Por causa da pandemia, não tem reuniões, comícios e outras aglomerações. Para complicar um pouco mais, a partir deste não tem programa eleitoral de vereador no radio e TV. Já em relação à disputa majoritária com cinco candidatos a prefeito em Cáceres, particularmente entendo que teremos uma campanha propositiva por parte da maioria, sem ataques pessoais e baixaria. Após as convenções, monitorei as redes sociais e percebi que apenas eleitores e apoiadores de dois candidatos tentaram baixar o nível da campanha na largada atacando, pasmem, a vice-prefeita Eliene Liberato Dias (PSB), que conseguiu montar um arco de apoio com 14 partidos e lançou 150 candidatos a vereador. Com o passar dos dias, no entanto, passado o espanto causado pela articulação de Eliene, percebi que os ataques cessaram. Estou na campanha de Eliene e sou amigo de James Cabral (PT). Tenho absoluta certeza que Eliene e James vão usar os seus programas eleitorais para mostrar suas propostas para melhorar a qualidade de vida da população. Em matéria de assessoria distribuída no final de semana, Eliene disse que vai manter o que está bom, mudar o que está ruim e fazer o que não foi feito. Também em reportagem do Jornal Expressão do final de semana, Paulo Donizete (PSDB), candidato do prefeito Francis Maris (PSDB), afirmou que também fará uma campanha de propostas. A expectativa ficara por conta de como se portarão Takao Nakamoto (PRTB) e José Eduardo Torres (PSC). Não custa lembrar que ataques são para candidatos com propostas fracas e sem argumento politico. A política é a arte do convencimento e não se convence pela força.
 
Roceiro
 
Por falar em não convencer pela força, no final de semana recebi ao menos uma dezena de reclamações de ocupantes de cargos de confiança na prefeitura de Cáceres. Todos acusaram o diretor executivo da Águas do Pantanal, Junior Cezar Trindade, de estar pressionando os servidores para fazerem campanha para Paulo Donizete em suas redes sociais pessoais. Isso é crime, porém, ele está certo em partes. O servidor, mesmo de carreira, que está em um cargo de confiança, tem dever ajudar. Já os que não concursados são obrigados. Aos queixosos recomendei denunciar o assédio ao Ministério Publico Eleitoral.
 
Vereadores
 
Ainda sobre os analfabetos digitais, uma leva de candidatos a vereador, sobre tudo jovens, não vão ter esse problema na campanha. Nael Sonaque (DEM), Pacheco (PV), Marcos Ribeiro (PSDB) e Thomas Canellas (DEM), seguiram os passos do vereador Cézare Pastorello (SD), que vai a reeleição, e investiram em consultorias e profissionais, craques em mexer e bombar nas redes sociais.  Diante desse novo modelo de campanha, eles vão chegar à frente de muita gente. Preocupada com isso, na semana passada a equipe da vereadora Valdeníria Dutra Ferreira (PSDB), me pediu a indicação de um profissional para auxilia-la.
 
Amadorismo
 
Pela lei, hoje ao menos uns cem apressadinhos, candidatos a vereador em Cáceres já teriam suas candidaturas cassadas por irregularidade. As redes sociais estão entupidas de propagandas eleitorais sem o numero do CNJP, nomes dos candidatos a prefeito e a vice e o nome da coligação.
 
Eleição
 
Conversando com um experiente político de Cáceres na manha de hoje, 28, chegamos à conclusão que por conta das cinco candidaturas, o próximo prefeito de Cáceres terá no máximo 15 mil votos. Também fechamos o número de votos para eleger um vereador. Serão necessários 2.780. Fica com a vaga o mais votado.
 
Aposta
 
Também pedi para esse amigo apontar, na sua avaliação, quais os nomes com mais chances de se eleger vereador em Cáceres. Citou no PT os professores Régis do Sintep e Mazéh do Rodrigues Fontes. No PSB apontou os nomes de Jerônimo, Júlio Parreira e Kishi. Já no Cidadania, ela acha que Magaly e Cidinha brigarão pela vaga. Inclusive, citou que Cidinha, que é Policial Civil, vai tomar os eleitores do vereador Rosinei Neves (PSC). No Podemos ele citou o nome de Enoque Ramos. Do PRTB de Takao Nakamoto, disse que Lacerda do Aki pode ser o vereador. No PROS, apontou que a vaga será disputada por Carlos Júnior e Franco Valério. No PV, afirmou que Renato Fidelis, Landim, Ronaldo Faquini e Pacheco vão brigar por uma vaga. No PSDB de Paulo Donizete, apontou o nome de Marcos Ribeiro. Na chapa do Patriota de Valdecir Rodrigues, citou o nome do sargento Gualterny e do PSC, o nome da vereadora Valdeníria Dutra Ferreira. Já do DEM, disse que Nael Sonaque, Professor Leandro, Marcelo Renato e Thomas Canellas vão brigar por uma vaga. No Solidariedade, afirmou que a disputa deverá ser entre Cézare Pastorello e Poeta Pescador. Ele não quis comentar sobre os demais partidos afirmando que os resultados deles são imprevisíveis. São eles, Republicanos, MDB, PDT, Avante, PSL, PSD, PP e o PTB, onde estão cinco vereadores, candidatos a reeleição.