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11/07/2020 - 09:08

Araputanga: Mãe de reeducando clama ao Estado para tratamento de saúde de seu filho

Abalada com o estado de saúde de seu filho, que está em reclusão necessitando, urgentemente, de cuidados, uma mãe, moradora de Araputanga (a 345 km de Cuiabá), luta em busca de autorização judicial para atendimento médico cirúrgico ao reeducando.

“Ele sofreu uma Lesão do Plexo Braquial e precisa de tratamento. Ele já fez a primeira cirurgia de emergência, agora necessita de acompanhamento para ver se os nervos do braço cresceram e fazer a próxima cirurgia”, relatou Márcia Ribeiro, mãe do reeducando.

Conforme Márcia, a cirurgia, que já foi agendada três vezes, só é realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) através do Sistema Único de Saúde (SUS). “Já ligaram três vezes do hospital. Já marcaram três vezes a cirurgia”, informou.

Além do procedimento médico cirúrgico agendado no Estado de São Paulo (SP), segundo Márcia, o reeducando necessita, urgente, de uma cirurgia no joelho. “O joelho dele foi atrofiando por não fazer a fisioterapia”. Conforme ela, a cirurgia pode ser realizada no Estado de Mato Grosso (MT). “Essa cirurgia faz tanto no Hospital Ortopédico de Cuiabá quanto no Hospital São Luiz [de Cáceres]”.

O reeducando tem enviado cartas à mãe lamentando da situação. “Nessas cartas ele está sempre comentando que as dores agravaram. De fato tem um novo exame que consta que realmente agravou a situação, devido a tanto tempo sem acompanhamento pelo médico específico”, disse Márcia.

Apesar de ter perdido a liberdade, Márcia entende que o filho tem direitos garantidos. “Ele perdeu, no caso, a liberdade, mas acho assim, a dignidade, o direito deveria ser contados. Ele é meu filho e eu preciso ajudar. É uma situação muito delicada, que, só quem passa sabe”, lamentou a mãe.

A luta, incansável, em busca por benefício domiciliar para tratamento ao filho reeducando, faz Márcia apelar as autoridades. “O apelo que faço ao Estado é, que, assim, tem muitas medidas que eles poderiam estar usando. Medidas cautelares, como, por exemplo, a prisão domiciliar com o uso de tornozeleira [eletrônica]. Muitos conseguem. Por que não ele, que tem necessidade, que precisa nesse momento”, questionou a mãe que sofre com a dor do filho desde 2012.

A mãe reforçou o clamor as autoridades para que reveja a situação do filho. “É uma situação muito difícil e eu gostaria que o Estado revesse o caso dele e lhe concedesse a prisão domiciliar, mesmo com tornozeleira e que adiantasse a progressão de regime”. Márcia se preocupa com o agravamento da situação “É melhor ajudar ele agora do que, depois, ele ficar todo degenerado, com o braço atrofiado” disse que pede o benefício conforme os laudos, exames e receitas médicas.
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