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08/06/2020 - 15:39 | Atualizado em 08/06/2020 - 09:13

Quadro

A prematura morte de Adriano Silva (DEM) mudou o quadro político para prefeito em Cáceres. Ele, Túlio Fontes (PV) e a vice-prefeita Eliene Liberato Dias (PSB) polarizavam as sondagens para prefeito feitas pelo governo do Estado e pela Assembleia Legislativa. Com as eleições praticamente definidas para o final do ano, por causa do coronavírus, e se não aparecer um ‘tiririca’ até lá, a tendência que a disputa seja polarizada entre Eliene e Túlio. Isso deve acontecer porque os nomes novos não decolaram. Associado a isso, eles não conseguiram agregar apoio político e principalmente, não têm dinheiro para bancar uma campanha milionária, já que além dos custos com propaganda, eles também teriam que bancar as despesas dos aliados. A cidade toda sabe que os dois nomes que reúnem a capacidade politica de obter apoio e dinheiro, são justamente Túlio e Eliene. Há uns quinze dias, Adriano falou com o governador Mauro Mendes (DEM), sobre sua pré-candidatura, já que ele teria que deixar o cargo na Fapemat no último dia 4. Com números de uma pesquisa em mão, o governador o surpreendeu ao afirmar que o melhor caminho, tanto político como financeiro em Cáceres, seria uma composição. Ele infelizmente não está aqui para confirmar isso, mas Adriano não deixaria o governo no dia 4, já que não recebeu garantias financeiras para bancar uma campanha. Consultou-me sobre isso, e eu o aconselhei a recuar e fazer o que o governador sugeriu. Ele já tinha conversado com Túlio sobre isso e foi procurado também pelo deputado Maxi Russi (PSB), que o propôs uma composição e apoio para assumir uma Secretaria de Estado. Além disso, Adriano também receberia apoio para disputa de estadual em 2022. Só para atestar o que estou dizendo, o PDT de Cáceres também foi formalmente convidado a apoiar o projeto de Eliene. E como não sou cacique, estou levando a proposta a todos os filiados. Como eu não sou candidato a nada, vou acatar a decisão da maioria. Não vou dar aula ao Túlio e a Eliene, mas eles precisam tirar o pé do chão e partir para buscar alianças e apoios. A pré-campanha já está em andamento.
 
Desagregadores
 
Nesse contexto de buscar alianças, os dois precisam de humildade e não podem fazer promessas que não conseguirão cumprir. No caso especifico de Eliene, ela precisa urgente chamar o pessoal do seu partido para que não se repita o que Kishi fez outro dia na radio. Tem que ciscar para dentro. E ela também precisa ficar longe do ‘sitiante’. Além de desagregador é maquiavélico. Vide o coitado do Paulo Donizete.
 
Kishi
 
Para quem não ouviu a entrevista, segue o relato. Na sexta-feira, 5, o ex-vereador, ex-secretário e ex-secretário Wilson Kishi (PSB) deu uma entrevista ao jornalista Luizmar Faquini e explicou detalhadamente qual foi a razão para o PTB propor a redução no número de vereadores na Câmara. Kishi sempre viveu de política, sabe e já fez de tudo na política, conhece todo jogo sujo, então, fala com propriedade. A proposta é para garantir a reeleição de Rubens Macedo, Walter Zacarkim e os quatro que correram para entrar nessa barca, Wagner Barone, Elias Pereira, Dênis Maciel e Creude Castrillon. Se mantiver os 15, eles não têm os 23 candidatos para disputar. Então, tem que reduzir para 11, para poder sufocar a renovação.
 
À tona
 
O vereador Wagner Barone (PTB), também em entrevista ao Faquini, admitiu a ‘rachadinha’, dizendo que antes de contratar o assessor que denunciou o esquema, pagava pelos serviços prestados pela Tânia. Depois que contratou o assessor, esse passou a pagar Tânia com o seu salário. Inclusive, Barone afirma que ‘ela prestou o serviço e tem que receber por isso’. Se entregou, já que admitiu que Tânia recebia o dinheiro do Assessor para trabalhar para ele. E ainda aproveitou para atacar toda a imprensa cacerense.
 
Inútil
 
Com funcionamento suspenso nesta semana, a Câmara de Cáceres vai mostrar que não faz falta. Não aceitaram votar o projeto de resolução para derrubar o decreto do prefeito que suspendeu o pagamento de servidores interinos. Os autores, Zé Eduardo Torres (PSC), Valdeníria Dutra (PSC), Rosinei Neves (PSC) e Cézare Pastorello (SD), entraram com uma ação na justiça para derrubar o decreto, via Ação de Inconstitucionalidade. Se vingar, vai mostrar que enquanto a Câmara for um puxadinho da prefeitura, não serve para nada.
 
Eu avisei
 
Nem tomou posse, o jeito Júnior Trindade de ser já toma conta da Autarquia. Há dias frequentando a Autarquia junto com o pré-candidato Paulo Donizete (PSDB), já conseguiu emplaca uma licitação para comprar cinco câmeras e filmadoras profissionais, que com os assessórios beiram os 30 mil reais. Claro que a campanha do Paulo tem que ser feita em cima das obras que devem ficar bem registradas. O foco agora é mostrar o que foi feito e torrar os R$ 8 milhões que têm em caixa nos próximos meses.
 
Vocês não sabiam né
 
Se Paulo Donizete é o candidato do PSDB a prefeito, porque o prefeito Francis Maris, convidou Luiz Landim do PV de Túlio Fontes para ser candidato à vice de Eliene Liberato Dias (PSB).
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