Imprimir

Imprimir Artigo

03/06/2020 - 07:30

Soldados envolvidos em acidente podem ser excluídos do Exército, afirma coronel

Os soldados envolvidos no acidente que destruiu o veiculo e parcialmente uma casa na Avenida dos Bandeirantes, bairro Santos Dumont, deixando duas garotas, menores de idade, feridas, estão presos e podem ser excluídos à bem da disciplina do Exército. A afirmação é do coronel Ricardo Vieira Coelho, do Comando de Fronteira de Jauru, antigo 2º Batalhão de Fronteira.

“Eles já estão presos no batalhão à disposição da Justiça” afirmou o oficial assinalando que será instaurado um procedimento disciplinar militar para apurar o caso. “São jovens de 19 anos. Mas, nada justifica o que fizeram. Inicialmente serão punidos. E, caso o procedimento militar conclua que eles cometeram crimes podem ser excluídos à bem da disciplina do Exército”.

O procedimento disciplinar a que se refere o coronel Vieira já foi instaurado pelo comando. A comissão disciplinar terá prazo de 8 dias para concluí-lo. Só após o resultado desse trabalho e que se saberá o grau de punição aos acusados.

O acidente no qual envolveram três soldados do Comando de Fronteira Jauru ocorreu na noite de segunda-feira (1/6). Na tentativa de escapar da polícia militar, conduzindo um HB-20 branco, placas OBD – 1502, os soldados colidiram, destruindo parcialmente uma casa.

A situação é desfavorável aos militares. Consta no Boletim de Ocorrência confeccionado pela Polícia Militar, que além de não portar habilitação, havia no interior do veículo, algumas latas de cerveja. E, ainda duas garotas, supostamente, menores de idade. Sem contar que eles, desobedeceram a ordem de parada orientada pela guarnição policial, resultando em perseguição.

Com o impacto da colisão, peças do carro, ficaram espalhadas pelo chão. A bateria foi arremessada há 5 metros do local. Feridas, as garotas foram socorridas pela guarnição do Corpo de Bombeiros que as conduziram para o Hospital Regional. Os militares foram submetidos a exames médicos no batalhão.

Policiais militares que atenderam a ocorrência, conforme os familiares, informaram que a perseguição começou na Avenida 7 de Setembro. Os soldados estariam conduzindo o veículo com os faróis apagados. A polícia diz que, ao sinalizarem para que parassem, eles saíram em alta velocidade. E, em dado momento perderam a direção vindo a chocar com a casa.

Proprietário do imóvel, o comerciante, Alexandre dos Santos e Silva, diz que foi um “momento de horror” vivido pela família.
 
“Eu havia acabado de chegar. Quanto escutei o estrondo sai do quarto e vi a frente da minha casa destruída. Foi um momento de horror” conta lembrando que ainda foi atingido por estilhaços do vidro da porta. Alexandre diz que, sua filha que, nesta terça-feira, completa um ano, renasceu. “A minha filha renasceu. Ela estava no berço e uma parede caiu junto dela. Foi um milagre”.

O comerciante ainda não avaliou o valor da reconstrução da parte da casa destruída. Mas, afirma que irá responsabilizar os militares pelo prejuízo.
 
Meu filho estava na hora errada e no lugar errado, diz mãe de soldado que dirigia o veículo envolvido no acidente
 
A comerciante Alessandra Ribeiro do Prado, mãe de um dos soldados do Exército que se envolveu no acidente que destruiu totalmente o veículo HB-20 e, parcialmente, uma casa na Avenida dos Bandeirantes, bairro Santos Dumont, diz que o seu filho é um jovem direito e que “estava na hora errada e no lugar”.
 
“Não que eu esteja passando a mão na cabeça dele. Meu filho não estava bêbado, meu filho é um jovem direito. Ele só estava na hora errada e no lugar errado” garante. Alessandra é mãe do soldado que dirigia o carro. O acidente envolvendo três soldados ocorreu na noite de segunda-feira por volta das 22h.
 
Na tentativa de escapar da Polícia Militar, os soldados colidiram, destruindo parcialmente a casa. Consta no Boletim de Ocorrência, que além de o condutor do veículo não portar habilitação, havia no interior do veículo, carne e algumas latas de cerveja. O que sugere que estivessem fazendo uma festa.
 
E, ainda duas garotas, supostamente, menor de idade. Sem contar que eles, desobedeceram a ordem de parada do veículo, orientada pela guarnição policial, resultando em perseguição e o acidente. As duas garotas feridas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Regional, pelo Corpo de Bombeiros.
 
“No meu entendimento foi uma fatalidade” diz Alessandra contando que, os soldados estariam indo a uma confraternização. “Havia saído dinheiro do quartel e eles se reuniram para fazer uma confraternização entre os colegas. Meu filho saiu para buscar uma garota que era namorada de um colega dele”.
 
Diz que, ele havia tomado apenas uma lata de cerveja até porque, segundo ela, ele estava restabelecendo de uma doença.
 
“Ele ficou internado no mês passado com um problema nos rins. Tomou apenas uma latinha de cerveja. Foi uma fatalidade” afirma assegurando que “ele não parou o carro porque ficou com medo e se apavorou não ter habilitação” diz confessando que “eu errei por ter dado chave do carro a ele”.
 
A comerciante reafirma que seu filho é um rapaz direito que nunca fez nada de grave que pudesse comprometer sua idoneidade. “Ele é um rapaz direito. Mas, agora ele vai ter que pagar pelo erro que praticou” diz assinalando que está procurando as famílias das garotas que saíram feridas do acidente para ajudar no que for necessário.

Alessandra Prado afirma que, além da comoção com a “fatalidade” a família também terá prejuízos financeiros porque o veiculo não estava no seguro.
Imprimir