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28/05/2020 - 14:49

DOUTOR FRANCIS: Prefeito de Cáceres distribui cloroquina nas unidades de saúde para tratamento do Covid-19

Vários pacientes com casos confirmados e suspeitos de contaminação pelo novo coronavirus, em Cáceres, já podem ser tratados com Cloroquina.

A prefeitura, através da Secretaria de Saúde, está distribuindo o medicamento nas unidades de saúde do município. A informação foi dada pelo prefeito Francis Maris Cruz.

“A Cloroquina já está disponível nas unidades de saúde da rede municipal. Porém, só é fornecida ao paciente do SUS que estiver prescrição médica para o medicamento” garantiu o prefeito. Atualmente, em Cáceres, conforme a SES, existem 21 casos confirmados e, dezenas de outros suspeitos de contaminação pelo Covid-19. Seis pessoas já morreram.

O prefeito revelou que, em razão de vários pedidos, principalmente, de familiares de pessoas com suspeita de contaminação pela doença, a administração teve que emprestar o medicamento de um hospital local. “Diante da demora do nosso pedido, resolvemos tomar emprestado. Tínhamos que atender as famílias que nos recomendam”.

Polêmica

O uso da cloroquina para tratamento do Covid-19 é bastante polêmico. Um grupo de profissionais da saúde assegura que não há eficácia, para a doença. E, que são grandes os efeitos colaterais. Por outro lado, a maioria da população defende o tratamento com a droga. Acredita que, a questão é política, levando em conta que, o presidente Jair Bolsonaro é um defensor do uso da cloroquina.
 
Francis é um dos prefeitos do Estado a incentivar o tratamento do novo coronavirus com o medicamento. No entanto, antes de fornecer as unidades de saúde, ele se reuniu com a equipe médica do município para avaliar em que circunstâncias os pacientes poderão fazer uso do medicamento, levando em conta que,  alguns defendem o uso da droga no início da doença, outros somente, em casos mais graves.

Um dos principais defensores do medicamento, o presidente Jair Bolsonaro, divulgou neste mês orientações para médicos que tratam pacientes com a covid-19, reconhecendo a possibilidade de riscos colaterais graves e admitindo que não possui respaldo técnico sobre a utilidade da cloroquina. O documento assinado pelo Ministério da Saúde, afirma que a droga pode ser receitada até no caso de sintomas leves da doença.

Para isso, entretanto, o paciente precisa assinar um termo de consentimento em que afirma expressamente que ele sabe que não há estudos conclusivos de que a cloroquina melhoraria seu quadro de saúde e conhece os inúmeros efeitos colaterais que o medicamento pode causar, como problemas cardíacos, disfunção do fígado e problemas de visão. Logo, só terão acesso as medicações somente quem obtiver a prescrição médica.
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