Sem surpresa. Depois da bronca do prefeito, Câmara de Cáceres volta a ficar obediente e não votam pagamento de interinos da educação
Os servidores interinos da educação que foram para a porta da Câmara Municipal de Cáceres ontem, 26, não ficaram surpresos com o que viram.
Eles foram com faixas e cartazes pedindo a derrubada do decreto 268 do prefeito Francis Maris Cruz (PSDB) que suspendeu o salário deles por 3 meses.
Mesmo tendo ficado do lado de fora, acompanharam o show de horrores que aconteceu lá dentro.
Os vereadores do prefeito, que não questionam, não enxergam, não ouvem e nem fazem nada sem a benção do executivo, enterraram a esperança de receberem seus salários.
O Decreto Legislativo, de autoria dos vereadores José Eduardo Torres (PSC), Valdeníria Dutra (PSC), Rosinei Neves (PSC) e Cézare Pastorello (PSC) que derrubaria o Decreto do Executivo não foi votado e a Câmara vai usar todo o prazo regimental para atrasar a votação.
Também foi colocado em votação um requerimento do vereador José Eduardo Torres pedindo auditoria especial das contas da prefeitura, já que o prefeito cometeu atos sem previsão legal ao suspender os salários dos interinos.
Primeiro, o vereador foi informado que o requerimento não seria colocado em pauta. Depois, incluíram o requerimento na pauta. Na hora da sessão, como se fosse orquestrado, 10 vereadores votaram contra o encaminhamento do requerimento ao TCE.
'Onze vereadores foram ao executivo decidir a vida dos interinos, sem nenhum interino presente. Decidiram por eles. Então, população cacerense, analise quem é quem, veja a podridão que é esse legislativo', disparou o vereador Zé Eduardo Torres após a rejeição do requerimento por 10 vereadores.
Hoje, às 11 horas, haverá o segundo turno de votação das contas de 2018 do prefeito Francis Maris Cruz.