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23/05/2020 - 05:43

Francis pretende distribuir cloroquina para tratamento do novo coronavirus em Cáceres

Nos próximos dias, pacientes infectados pelo novo coranavirus, em Cáceres, poderão ser tratados com cloroquina. O prefeito Francis Maris Cruz já recomendou à Secretaria Municipal de Saúde a adquirir o medicamento. “Já orientei a aquisição do medicamento à nossa secretária. O produto só ainda não foi adquirido porque está em falta no mercado”.
 

O uso da cloroquina para tratamento do Covid-19 é bastante polêmico. Um grupo de profissionais da saúde assegura que não há eficácia, para a doença. E, que são grandes os efeitos colaterais. Por outro lado, a maioria da população defende o tratamento com a droga. Acredita que, a questão é política, levando em conta que, o presidente Jair Bolsonaro é um defensor do uso da cloroquina.

 

Francis é o segundo prefeito do Estado, a incentivar o tratamento do novo coronavirus com o medicamento. Primeiro foi o prefeito de Barra do Garças, Roberto Farias. Farias anunciou que irá distribuir à população o “kits Covid” composto, basicamente, por cloroquina, para que a população possa ser medicada após prescrição médica em sua residência.

 

 “Se for um caso mais leve ou se for internado, automaticamente, ela estará recebendo esses medicamentos. Agora, se for aquela questão da quarentena, nesse Kit Covid-19 ele é composto por azitromicina 500 mmg, ivermectina 6 mmg a cada 30 kg um comprimido, dipirona para dor e cloroquina que é polêmico, mas a pessoa dependendo do estado que estiver será orientado por um profissional credenciado da Saúde”, explicou.

 

O prefeito de Cáceres, ainda não decidiu como proceder. Afirmou que irá se reunir com equipes médicas do município, para avaliar em quais circunstâncias os pacientes infectados poderão fazer uso do medicamento.  Alguns defendem o uso da droga no início da doença, outros somente, em casos mais graves.

 Um dos principais defensores do medicamento, o presidente Jair Bolsonaro, divulgou na quarta-feira (20/5) orientações para médicos que tratam pacientes com a covid-19, reconhecendo a possibilidade de riscos colaterais graves e admitindo que não possui respaldo técnico sobre a utilidade da cloroquina. O documento assinado pelo Ministério da Saúde, afirma que a droga pode ser receitada até no caso de sintomas leves da doença.
 

Para isso, entretanto, o paciente precisa assinar um termo de consentimento em que afirma expressamente que ele sabe que não há estudos conclusivos de que a cloroquina melhoraria seu quadro de saúde e conhece os inúmeros efeitos colaterais que o medicamento pode causar, como problemas cardíacos, disfunção do fígado e problemas de visão. Logo, só terão acesso as medicações somente quem obtiver a prescrição médica.

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