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13/04/2020 - 14:00 | Atualizado em 13/04/2020 - 14:09

​Cruz e a espada

O prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB), está chegando ao final do seu segundo mandato, com o ego alimentado, mas em um clima desagradável e desgastado. Empresário por natureza está dividido entre o sentimento de ser comerciante e não ver entrar dinheiro para custear as despesas e ser prefeito e cuidar da saúde da população. Avaliando seu comportamento diante do coronavírus, o empresário tem se sobreposto ao político. Nem ele cumpre as medidas que editou. A prova que o próprio não segue as medidas padrões de prevenção à disseminação do vírus, foi que no final de semana, enquanto os profissionais de saúde ficam doentes de ansiedade e depressão por trabalharem sem equipamentos de proteção adequados, o prefeito recebeu visita do irmão dos Estados Unidos e amigos para pescar. Isso dá a clara mensagem de que ele não está nem aí para o vírus. Das duas, uma. Ou ele já testou positivo e assintomático para o COVID19, ou ele não tem juízo mesmo.
 
Prova
 
Outro exemplo é que o Decreto 152 completará duas semanas amanhã. Pelas medidas, só poderiam estar abertos os estabelecimentos que tivessem pia com água e sabão para os clientes e termômetro a laser na entrada. É um decreto de ‘mentirinha’, fingindo que está tomando alguma medida para não ser responsabilizado pelas mortes, já que isso não está sendo fiscalizado. Lotéricas e lojas continuam atendendo sem ter pia para clientes. Claro que todos sabem que ele não vai fiscalizar isso, então, por que fez o decreto?
 
Demagogo
 
Em quase oito anos, o empresário Francis Maris (PSDB), que poucos conheciam pessoalmente e muitos admiravam ao ponto de elegê-lo duas vezes para prefeito de Cáceres, se tornou político e como de praxe, demagogo. Depois de enganar o eleitor dizendo que ele e a vice, secretários e coordenadores não iram receber salários para trabalhar na prefeitura, no último ano do seu governo, chamou a imprensa para dizer que reduziria pela metade o seu salário, da vice e demais ocupantes de cargos de confiança, por conta da crise do coronavírus. Aprofundou na demagogia, ao exigir que os vereadores também fizessem o mesmo.
 
Fome
 
Lógicos que os vereadores ‘da ala pobre’, chiaram. Fizeram até uma reunião hoje para bolar uma estratégia para reprovar um eventual projeto que o prefeito diz que mandará para Câmara com esta finalidade. Com todo o respeito a alguns vereadores, mas tem gente ai que não tem outra fonte de renda. Eu conheço três nesta condição. Se reduzir, deixa a família no arroz e feijão. Infelizmente, em Cáceres, como no resto do Brasil, tem gente que acha que politica é profissão.
 
Disputa
 
Nunca na história da politica de Cáceres, uma das quinze cadeiras da Câmara de Vereadores será tão disputada como nas próximas eleições. O principal fator é a falta de líderes e organização partidária, potencializada pelo fim das coligações. Em uma análise criteriosa e ouvindo vários interlocutores da política da cidade, concluí, que PROS, Podemos, PT, PRTB, Patriota, PRTB, MDB, PDT e a até o Solidariedade do deputado federal doutor Leonardo terão que fazer um esforço incomum para atingir a legenda e eleger um vereador. Como já disse na Coluna anterior, o quadro nivelou por baixo, com chapas modestas. O lado bom é que vai eleger vereador com menos de 500 votos com certeza. Os partidos que tem chances de eleger vereador são os que terão os candidatos a prefeito. Se for o DEM, faz dois. Se for o PV, também faz dois. Se for o PSB, faz dois também. É o mesmo caso do PSDB. Essa é a lógica. Individualmente o único partido que corre o risco de fazer dois vereadores por questões matemáticas é o PTB, mas vai depender do desempenho dos vereadores que vão à reeleição. Eu particularmente acredito que só reeleja o Rubens Macedo (PTB). Mas vendo pelas chapas e pelos nomes, ouso dizer que o Cidadania fará um vereador, PSC, um e Republicano um. As vagas que sobrarem serão distribuídas pelos partidos com chapas maiores e mais fortes.
 
Nomes
 
Pelos quinze anos de bastidores políticos de Cáceres, já consigo visualizar alguns favoritos por partido. Se criar uma estrutura profissional e arrumar uma ‘paia’, Marcos Ribeiro é favorito para ser o vereador do PSDB. No PSB da vice-prefeita Eliene Liberato Dias, os favoritos para serem os vereadores são o radialista Manga Rosa e o ex-vereador Wilson Kishi. Por quê? Porque são profissionais na coisa. No PSC, Valdeníria vai encaçapar todos. No DEM, os favoritos são Odenir Nery e Café no Bule. Porque sabem como obter os votos necessários. Já no Republicano do deputado estadual Valmir Moretto, a disputa vai ser acirrada, com uma ligeira vantagem para Fonseca da Jaó. Pede voto vinte quatro horas por dia e sabe fazer o jogo. No PV, a briga vai ser boa e a diferença será apenas no profissionalismo. Quem tiver ‘bala’ para colocar, fica com a vaga. Três tem musculatura para isso. Pacheco Cabelereiro, Renato Fidélis e Anne Viegas. No PDT, a disputa vai ser interessante. Professor Jardes Macedo, Tonico Caiçara, Gabriela do Jardim Padre Paulo, Maneco Silva, Agostinho Marques, Professor Juliano do Projeto Social, Luizinho da Saúde, professor Alexandre Marin do Esporte, Ana Zattar, Cloves do Cacerense, Eliane Vanini, Glaucia Gonzaga do Sindicato, Lucides Ortega, Juliana Toni, Maria do Carmo Vila Nova, Maria Jose Bretas, Noeli Sonaque e Rose do Cidade Nova tem o desafio de fazer a legenda e eleger um vereador para o partido.  Jardes, Maneco, Tonico, Luizinho e Juliano têm serviços prestados como lideranças em vários setores e sabem pedir votos. Ai não arrisco favorito.
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