Na eminência de um surto de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, Araputanga e os municípios da região não têm estrutura adequada e qualificada e nenhum respirador ou leito disponível em suas unidades de saúde.

Conforme o secretário de saúde de Araputanga, Emerson José do Prado, não há nenhum leito e respirador disponível no setor de saúde pública do município. Segundo ele, existe apenas um respirador pulmonar na unidade hospitalar local, a qual mantêm convênio com a gestão púbica, mas mesmo assim, o município não possui profissionais qualificados para o atendimento. “Não tem profissional qualificado para trabalhar CTI ou UTI aqui em Araputanga ou na região, só em Cáceres”, afirmou.

Emerson José do Prado informou ainda, que se uma pessoa no município vir a necessitar do uso de um respirador pulmonar por suspeita de Covid-19, deverá ser utilizado um respirador manual, a pessoa será  incubada e encaminhada ao hospital de referência da Secretaria de Estado de Saúde (SES), localizado na capital Cuiabá.

O respirador é essencial para o atendimento de pacientes graves na pandemia, mas apesar da previsão de alto contágio, 60% dos municípios brasileiros, onde vivem 33,3 milhões de pessoas, não tem nenhum respirador disponível.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o país tem atualmente 55.101 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Desse total 27.455 pertence ao Sistema Único de Saúde (SUS) e em média 78% estão ocupados. Atualmente, o tempo média de permanência em leito público é de 8 dias.

Em Mato Grosso são mais de mil leitos de Unidades de Terapia Intensiva. Desses, os disponibilizados pelo SUS são entorno de 400 e cerca de 600 estão na rede privada, conforme informações do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.