No sábado, 23, o prefeito e Cáceres, Francis Maris (PSDB), correu um grande risco ao ir à Câmara de Vereadores, intimidar vereadores e servidores públicos. Se fosse na Bolívia, seria linchado. A atitude ditatorial não surpreendeu, pois todos na cidade conhecem o seu jeito de ser. Seu comportamento, somado a falta de tino político, está gerando desgastes desnecessário à sua gestão e aos vereadores que o apoiam. Sou capaz de prever que a pressão popular fará os vereadores governistas reprovarem o projeto, que no meu ponto de visto, é indispensável, porém, não da forma que ele quer. Endividar, inviabilizar a prefeitura no futuro e jogar na conta da população essa custo, é um ato irresponsável. Ele deveria fazer o que prometeu quando criou a Autarquia. Disse que iria buscar os recursos para saneamento junto ao Governo Federal, inclusive utilizou como pressão à Câmara, o risco do município perder os recursos. Desarticulado, não conseguiu nada em Brasília, daí preferiu o caminho mais simples, que nem sempre é o melhor. Com relação a retirar os guardas concursados do período noturno e contratar uma empresa terceirizada, gerou outro desgaste desnecessário. Poderia ter tirado o adicional noturno e horas extras, dialogando com os servidores e buscando uma alternativa para compensar a medida. Poderia criar uma programa para realocação dos servidores, que na sua maioria, possuem o ensino médio e superior. O curioso é que tirou férias para ir aos Estados Unidos e está deixando o caos para os seus apoiadores administrar.
 
Ditadura
 
Essa sessão de sábado, 23, que era uma extraordinária para aprovar o pedido de afastamento do prefeito, foi marcada por irregularidades, segundo os vereadores de oposição. O presidente da Casa, o governista Rubens Macedo (PTB), teria infligido os artigos 141, 285 e 286 do Regimento Interno, e promovido a votação com vereadores fora do plenário, na assistência, o que é proibido. Aprovou a viagem com sete votos, quando o mínimo é oito. Isso dá a cassação de Rubens. Sobrou ditadura e faltou habilidade política.
 
Estrago
 
A truculência do prefeito, pode lhe causar prejuízos futuros. Depois de perder os aliados, Cézare Pastorello (SD), Valdeníria Dutra Ferreira (PSDB) e Claudio Henrique (PSDB), também perdeu os apoios de Rosinei Neves (PV) e Elias Pereira (Avante), que é guarda do município. Com José Eduardo Torres (PSC), a oposição já conta com seis das 15 cadeiras. Esse número pode aumentar após a votação do empréstimo milionário para o saneamento. Uma importante fonte da Coluna revelou que os próximos a romperem com Francis devem ser Domingos dos Santos (PSB), Elza Bastos (PSD), Creude Castrillon (Podemos) e Denis Maciel (Avante).
 
Valdeníria
 
Rompida de vez com o grupo do prefeito Francis Maris (PSDB), a vereadora Valdeníria Dutra Ferreira (PSDB), tem recebido convites de partidos de oposição para disputar a eleição do ano que vem. Depois do PDT, ela foi sondada pelo DEM e o PV, principais partidos da base do governo estadual. Val quase caiu na cilada de ir PSB, mas ai veio Jerônimo Gonçalves (PSB) e Francis e estragaram tudo.
 
Baba Ovo
 
No sábado, 23, conversei com uma importante autoridade da prefeitura de Cáceres e ela me revelou que com a saída de Nelci Longhi, o procurador Bruno Córdova, a secretária de Finanças Arly Monteiro, a secretária de Ação Social, Eliane Batista e o secretário das ‘festas’, Júnior Trindade, passaram a compor a linha de frente do prefeito Francis Maris (PSDB). Porém, o único que tem se prestado ao papel de ‘Baba Ovo’, é o engomadinho. Roger Pereira, Wilson Kishi, Atila Gattas e Nelci Longhi também defendia o prefeito com unhas e dentes e até respondem processos na justiça por causa dele. Se der uma escorregada daqui para março, também vai tomar um pé no traseiro. Francis não tem amigos, especialmente subordinados.
 
PSL
 
O presidente Bolsonaro, arrebentou com o pessoal que pensa em pegar carona na sua onda na eleição municipal do ano que vem. Sem o capitão, a legenda não é nada. Para piorar a situação, o partido criado pelo presidente não terá condições de participar da eleição do ano que vem. Precipitou e matou os admiradores.