Imprimir

Imprimir Artigo

22/11/2019 - 11:05

COMPRA DE VOTOS; TSE nega recurso e mantém ação contra Carlos Avallone

O Pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou por unanimidade o recurso do deputado estadual Carlos Avalone (PSDB), que tenta trancar a ação judicial que pode resultar em sua cassação, por conta das eleições de 2018, quando 3 pessoas foram detidas em flagrante, na BR-070, com R$ 90 mil em dinheiro e várias caixas de santinhos do então candidato.  
 
A decisão é de terça-feira (19), quando os ministros Sérgio Banhos, Edson Fachin, Marco Aurélio, Og Fernandes, Luis Felipe Salomão e Rosa Weber, seguiram o entendimento do relator, ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, que já havia negado o pedido do parlamentar ao seguir o parecer do Ministério Público Eleitoral, afirmando que os fatos narrados e colhidos até o momento já são suficientes para às investigações.   
 
A defesa alegava que o processo teria "insuficiência de prova pré-constituída" para que a ação prosseguisse.  As detenções foram feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que encaminhou os suspeitos para a sede da Polícia Federal (PF), em Cuiabá. Após depoimentos, os 3 foram liberados. O dinheiro e os materiais de campanha de Avalone estavam em uma carro.   

Avalone assumiu a cadeira de deputado, em fevereiro, em definitivo, após Guilherme Maluf ter sido nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).   O parlamentar é investigado na Operação Ararath e foi alvo da 12ª fase, denominada "Malebolge".
 
De acordo com a delação do ex-governador Silval Barbosa, Avalone e seus irmãos, que são sócios na construtora Três Irmãos, pagaram propina com um cheque sem fundo. A propina seria proveniente de contratos do programa “MT Integrado”, que assegurava investimentos de aproximadamente R$ 1,5 bilhão para pavimentação.   
 
Avalone supostamente entregou cerca de R$ 2 milhões em cheques ao ex-governador Silval Barbosa (MDB), a título de propina do “retorno” dos contratos das obras.       
 
Outro lado 

O deputado Carlos Avalone nega ser dono do recurso apreendido e refuta às acusações da Operação Ararath, envolvendo a delação do ex-governador Silval Barbosa.
Imprimir