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17/11/2019 - 15:27 | Atualizado em 17/11/2019 - 15:31

Depois de 7 meses governo não recuperou escola onde abriu cratera no dia de chuva

As salas de aulas do Colégio Estadual Onze de Março (CEOM), condenadas pela Defesa Civil Municipal, permanecem interditadas e os alunos evacuados do prédio, continuam estudando em salas improvisadas da Faculdade do Pantanal (FAPAN). Depois de sete meses, da abertura de uma cratera no meio de uma das salas da escola, ocorrido no dia 9 de abril, o governo do Estado, ainda não providenciou a recuperação do prédio.
 
“Já encaminhamos à Secretaria de Infraestrutura do Estado, vários documentos cobrando uma posição do governo para a recuperação da estrutura. Mas, infelizmente, ainda não obtivemos resposta” afirma a coordenadora da Defesa Civil Municipal, Arineia Graciela Ardaia assinalando que, técnicos da Sinfra chegaram a elaborar um projeto para reforma das salas afetadas pela cratera. Porém, segundo ela, a reforma ainda não saiu do papel.
 
O incidente no CEOM ocorreu na noite do dia 9 de abril. Após uma forte chuva abriu-se um enorme buraco de cerca de cinco metros de diâmetro, no meio da sala de aula da escola. Não houve vítimas porque, não havia ninguém, no colégio a essa hora. Assim que informados do caso, no dia seguinte, técnicos da Defesa Civil Municipal, compareceram a escola e orientaram o, imediato, isolamento do bloco, composto por três salas.
 
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À época, a coordenadora da Defesa Civil afirmou que havia eminente risco de outras partes do prédio ceder. “A olho nú percebemos que os pisos de outras salas também estão em desníveis. Temos que preservar a vida das nossas crianças” justificou.
 
Na tentativa de amenizar a possibilidade de uma tragédia, a direção da escola negou que houvesse alunos estudando nas salas. “Essa sala estava isolada, desde o ano passado. Servia apenas de depósito provisório. Nós pressentimos que o piso já apresentava problemas” disse a diretora Maria José de Oliveira Godoy. Contudo, imagens e relatos feitos por alunos, mostraram um amontoado de carteiras e mesas, no fundo da sala.
 
O coordenador Leocir Antônio Sfozer, informou que a erosão no prédio existe desde 2007. Para não perder o ano letivo, os cerca de 200 alunos que estudavam nas salas condenadas, foram enviados para outros estabelecimentos de ensino. Entre eles, a Faculdade do Pantanal – FAPAN, onde até hoje permanecem. O CEOM é uma das mais antigas e tradicionais escolas do município. No colégio estão matriculados 935 alunos.
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