Paulo Cesar da Silva, conhecido como “Petróleo”, um dos líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso, expulso da facção, foi encontrado morto, enforcado e com sinais de tortura, na Penitenciária Central do Estado (PCE) na madrugada deste domingo (27). Ele era delator da Rotam. A morte seria um "cala boca".

A informação de que Petróleo era informante da PM, através da Rotam, foi confirmada  pelo ex-diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revétrio Francisco da Costa, em depoimento à juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, na quinta (24). Os dois são envolvidos no caso do freezer infiltrado com celulares na penitenciária, supostamente por policiais da Rotam, em benefício do presidiário.

Conforme apurou o , exposto como delator, Petróleo passou pelo Conselho Final do CV, que é uma espécie de juri da facção, foi julgado e recebeu pena de morte como punição.

O corpo

Presos da cela 21, do Raio 5, Corredor B da PCE, por volta das 5h30, começaram a bater nas grades para chamar os agentes. Logo que entraram no local, constataram que o corpo enforcado com um lençol no banheiro.

O Samu foi acionado e constatou o óbito. Foram tomados todos os procedimentos de praxe e o corpo já está no IML, como informou o Governo.

Defesa e familiares

O advogado de Petróleo há 6 anos, Marcelo Garcia, conversou com o  por telefone. Diz que ficou sabendo da morte do cliente pela imprensa e só semana que vem vai se inteirar sobre as circunstâncias do crime. "É aguardar início das investigações da Delegacia de Homicídios".

Informou ainda que familiares agora farão o reconhecimento do corpo no IML, para o devido sepultamento.