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02/10/2019 - 08:45 | Atualizado em 02/10/2019 - 09:16

Museu histórico de Cáceres ganha sede nova hoje. Prédio leva o nome da fundadora, Emília Darci de Souza Cuyabano

A prefeitura de Cáceres irá inaugurar nesta quinta-feira, 3, a partir das 19h30, a nova sede do Museu Histórico de Cáceres.
 
O prédio levará o nome da fundadora do Museu, Emília Darci de Souza Cuyabano, que faleceu em 2011, aos 63 anos. Ela foi um ícone da educação e da Cultura em Cáceres.
 
Deixou um legado de trabalho na área educacional. Na Unemat, era docente do Departamento de Pedagogia do Campus Jane Vanini e também do mestrado em Educação, foi pró-reitora de Extensão e Cultura da instituição. Ex-delegada de ensino, era professora e doutora pela Universidade de São Paulo (USP) e uma das fundadoras da Unemat.
 
O novo museu, tem uma área de 740 metros de construção, com uma sala principal de exposição e outras 4 salas menores para estudos em audiovisual, brinquedoteca e administrativo, além de recepção, cozinha, sanitários e uma lanchonete para os frequentadores. O novo museu está localizado na Rua Riachuelo, no espaço de eventos da SICMATUR.
 
A historiadora conta que o Museu Histórico foi criado por ocasião do bicentenário de Cáceres em 1978, por conta do incentivo da professora Emilia Darci Souza Cuyabanno que doou muitas das peças e documentos que estão hoje no museu. Na época, o Museu funcionava na rua 13 de junho, atrás da Catedral, e só em 1980 foi transferido para o prédio histórico que também abrigava a Fundação Cultural e o Arquivo Municipal.
 
Quem visitar o museu, vai encontrar exposição permanente de peças e artefatos, e eventualmente exposições temporárias com documentos históricos raros, como uma carta de Dom Pedro II, datada de 3 novembro de 1883, nomeando o capitão Antônio Aníbal Alves Pereira, de Cáceres, cavaleiro da ordem de São Bento, homenageando-o pela sua bravura durante a guerra em que acabou morto.

Esse documento foi doado pela professora Emília Darci Cuyabanno e está em exposição no momento. Mas por se tratar de documento antigo é preciso que ele não fique em exposição permanente para não danificar.

Quando os documentos originais não estão expostos, eles estão armazenados envoltos com papel alcalino, em caixas box, separados por assunto para que sejam conservados.
 
Outros documentos que podem ser observados em exposição atualmente estão o livro de classificação de escravos para ganharem alforria, cartas de alforria de escravos.

Também na sala de História Regional estão em exposição peças oriundas da Fazenda Jacobina do período da escravidão como viramundo, cadeado, argolas, correntes.
 
O museu recebe diariamente peças e documentos doados, e nós não temos um número exato de peças e documentos, até porque muitos desses documentos e peças estão passando por um processo de catalogação e descarte.

A prioridade do museu não é documentos, isso é com o arquivo público municipal que fica com essa responsabilidade de guarda, mas no museu a um arquivo setorial, que tem uma quantidade de documentos históricos, considerados bem relevantes.

E no arquivo municipal se trabalha as três temporalidades do documento, documentos correntes, documentos temporários e documentos permanentes. Lá fica mais os documentos históricos, apesar de que no arquivo também se encontra muitos documentos históricos.

A prioridade do Museu é a guarda e a proteção de peças , de artefatos, fontes materiais.
 
Entre os materiais em exposição, os que são considerados reserva técnica e o que estão em fase de catalogação estima-se que haja no Museu Histórico mais de três mil peças.

Nem todas estão em exposição permanente, seja por falta de espaço físico, mas também para garantir a conservação das peças, segundo a historiadora.
 
Além da sala de História Regional “Professor Natalino Ferreira Mendes, o Museu conta ainda com uma Sala de Arqueologia “Doutor Manoel Esperidião da Costa Marques”, onde são encontrados diversas peças e artefatos indígenas e fragmentos de rochas; sala de imprensa “Nilo Ferreira Mendes”, que funciona mais como uma antessala para autoridades e pequenas reuniões; a sala de Administração denominada “Doutor Antônio Carlos Souto Fontes”;  Biblioteca Setorial “Professora Maria Freire Campos”; Sala de Comunicação “Aderbal Michels”, que está interditada e com isso suas peças de exposição permanentes estão espalhadas em outras salas; Sala de Arte Sacra “João Paulo II”; auditório “Antonio Senatore”, e a cantina “Maria José da Silva Ribeiro”. (Com Lygia Lima)

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Emilia Darcy de Souza Cuiabano, a fundadora

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