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17/09/2019 - 08:42 | Atualizado em 17/09/2019 - 09:37

Câmara reprova projeto que previa extinção das carreiras de vigia, motoristas e auxiliar de serviços gerais na prefeitura de Cáceres

Por 13 votos a 1, a Câmara de Vereadores de Cáceres, reprovou o projeto de Lei Complementar que extingue as carreiras de guardas, motoristas e auxiliar de serviços gerais da prefeitura. O único que votou a favor foi o líder do prefeito Francis Maris PSDB), Wagner Barone (Podemos).

A forte mobilização de cerca de 700 servidores que seriam afetados indiretamente pela proposta, aliada à pressão de motoristas aprovados no último concurso e que não foram chamados, intimidou inclusive vereadores governistas, entre eles, Valdeniria Dutra (PSDB), Claudio Henrique (PSDB), Elias Pereira (Avante) e Walter Zacarquim (PTB), que votaram contra o prefeito, não sem antes fazerem vários elogios à administração.

O prefeito ainda contava que o pedido de vista do líder fosse aceito pelos vereadores, o que não foi, muito menos foi deferida a retirada do projeto, o que possibilitaria nova apresentação ainda este ano. Todos os pedidos foram rejeitados.

Mas, o líder do prefeito, Wagner Barone, não deixou barato. Disse que “a reprovação desse projeto vai arder no lombo dos servidores. Esses não vão ter como se livrar das consequências que virão, como o corte dos aditivos, das horas extras e tudo mais”.

Ainda se comparou a Jesus Cristo, dizendo em seu pronunciamento: "Senhor, eles não sabem o que dizem". Barone foi o único que votou a favor da administração.

O que ficou muito claro na votação é que o resultado se deu pela presença em massa dos servidores. Se a administração não fosse tão amadora e não tivesse tanta certeza do cabresto que tem sobre os vereadores, teria lotado o plenário com os terceirizados, que são mais de 800, o que junto com os temporários, mais de 400, daria para pressionar com folga os vereadores que só jogaram para a torcida.

Cercado de polêmicas, o Projeto abre a possibilidade de demissão de motoristas que estão em estágio probatório, além de possibilitar ao prefeito forçar outros servidores a pedirem exoneração, por meio de corte de horas extras e outros aditivos, já que a maioria tem como salário base menos do que um salário mínimo.
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