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02/09/2019 - 10:15

Sob críticas e desconfiança, gestão Francis e Eliene fará financiamento de mais de R$ 10 milhões; próximo prefeito de Cáceres pagará a dívida

No último sábado , o prefeito de Cáceres, Francis Maris Cruz (PSDB), assinou  um contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal em valor superior a R$ 10 milhões para a instalação de placas solares em escolas do município. A assinatura ocorreu em Cuiabá, com a presença do presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
 
Apesar do projeto ser ousado e pioneiro, Francis e sua equipe parece desconhecer todos os dados que rodeia o financiamento. O prefeito e o secretário de governo, Jorge Augusto, titubearam ao ser indagado pelo internauta Fabrizio Cisneiros em um grupo de whatsapp sobre quantas parcelas do financiamento, os valores delas e se geraria endividamento para o próximo gestor. 
 
Francis e o secretário esclareceram que o contrato tem carência de dois anos, que quem vai pagar é o próximo gestor e que o internauta deveria procurar a prefeitura para solicitar mais informações sobre suas perguntas.
Outro usuário da internet perguntou se a Empresa Canopus Solar iria participar da licitação e sugeriu que o financiamento pode ter sido direcionado. O secretário de governo desmentiu.

“Não pode é comprar da empresa do prefeito né?”, sugeriu um internauta. 

Rapidamente o secretário de governo retrucou dizendo sobre o processo de licitação.

“Ainda terá processo licitatório.  E depois a instalação”. E emenda mais a frente.

“Energia solar é o futuro para os órgãos públicos”, conclui o secretário de governo de Francis.

O edital do processo licitatório que vai definir a empresa vencedora deverá sair nos próximos meses. O fato que o internauta lembrou é que o irmão de Francis, Marcos Cruz, é dono do Grupo Canopus, grupo responsável pelo Canopus Solar, uma empresa que oferta tecnologia de geração de energia elétrica por captação solar.

O financiamento de R$ 10 milhões e 800 mil teve o aval da Câmara Municipal de Cáceres.

 
 Na Contra-mão

Na contra-mão do que se tem feito no país, a gestão Francis e Eliene optou por financiar, diferente do que vem acontecendo no governo do Piauí, em que o governador do Estado do Piauí, Wellington Dias, e representantes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) anunciaram em fevereiro naquele estado,  o lançamento de um programa inédito de Parceria Público-Privada (PPP) para a construção de oito miniusinas fotovoltaicas na região.

As novas usinas de lá, de 5 megawatts cada, devem gerar ao governo piauiense uma economia da ordem R$ 7 milhões ao ano no gasto com energia elétrica dos órgãos públicos. O investimento previsto para os empreendimentos é de R$ 200 milhões, espalhados pelos nos municípios de Caraúbas, Miguel Alves, José de Freitas, Piracuruca, Cabeceiras e Canto do Buriti.

Em Cáceres acontecerá o contrário, tendo em vista, que na PPP o investimento seria totalmente do parceiro privado. Ao final do contrato todo o ativo ficaria para o município.
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