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12/08/2019 - 08:29

Eliene diz sobre sua vontade de ser prefeita em 2020 e que jamais traiu a família do ex prefeito Túlio Fontes

A vice-prefeita por dois mandatos Eliene Liberato, disse no fim de semana em entrevista ao Jornal Expressão do jornalista Sinézio Alcântara, que pretende disputar a eleição para a prefeitura de Cáceres em 2020 e que filiação ao PSB do deputado Max Russi  é para tentar viabilizar seu projeto. Eliene afirmou estar conversando com a vereadora Valdeníria Dutra para uma futura composição. A vice também falou das dificuldades de não ser a preterida do prefeito Francis e que jamais traiu a família do ex prefeito Túlio Fontes, que a lançou na vida pública há mais de 20 anos.
Confira a entrevista do Jornal Expressão

Jornal Expressão (J-E).  A senhora vinha sendo “sondada” por vários partidos. O que a levou optar-se pelo PSB?

Agradeço todos os convites recebidos, fiquei lisonjeada. Escolhi o PSB  por duas razões: pelo acolhimento e a empatia com o deputado Max Russi e seu projeto. O outro motivo é que em Cáceres precisamos contar com apoio na Assembleia para concluirmos os nossos projetos e o deputado, sendo da base do governo, possui um bom relacionamento com o Executivo Estadual e outros parlamentares. Precisamos unir forças e parcerias, pois temos a Escola Técnica para ser concluída, o aeroporto, o porto, a estrada que liga Cáceres a Barra do Bugres e outras necessidades.

J-E.  A senhora participou das duas gestões do prefeito Francis Maris a ideia seria dar continuidade nas ações da administração ou terá um projeto novo de governo?

Com certeza, dar continuidade nas boas ações da atual gestão e implementar aquilo que for necessário visando a melhoria de renda para nossa população. Quero aqui parabenizar o prefeito Francis por ter deixado suas empresas para dedicar seu tempo à gestão pública. Uma gestão que avançou, investiu na estrutura, equipou a prefeitura, implantou eficiência e controle, realizou inúmeras obras importantes. Tem meu reconhecimento.

J-E. O prefeito Francis já afirmou, publicamente, que desejaria ser sucedido pelo secretário Júnior Trindade por ele ter seu perfil. Porém, garante que irá apoiar o candidato que estiver melhor aceitação da opinião pública. A senhora acredita que terá o apoio dele?

Quem decidirá sobre a condução do futuro da cidade, será aquele que sair vitorioso na próxima eleição. Não trata-se de escolha pessoal. Não posso obrigar o prefeito a apoiar-me. É democrático. Estamos praticamente há oito anos juntos, são duas gestões. Sempre estive ao seu lado, buscando o melhor para a cidade. Por algumas vezes, discordei quando assim entendia, mas sem perder o respeito. Caso seja escolhida pelos membros do partido a ter que disputar a eleição, espero apoio de todos que gostam de Cáceres, inclusive do atual prefeito.


J-E. Na avaliação de Francis a senhora seria uma “prefeita mãezona” que não sabe dizer não a ninguém e que isso não funciona na administração. Como a senhora avalia esse pensamento do prefeito? 


(Risos) Se me foi dado esse título de “mãezona” fico feliz, pois todos os lares tem uma mãezona, que agrada, mas que principalmente ensina e corrige cada qual a seu modo. Na minha história de vida sempre existiu trabalho, luta, honestidade, comprometimento, coragem, sensibilidade, engajamento e muito estudo. Jamais daria o peixe ao invés de ensinar a pescar. Acho que existe uma confusão de adjetivação nesse termo. Não tenho dificuldades nenhuma para dizer “não”. No entanto cada um tem uma maneira de dizer NÃO! Sou sempre firme nas minhas decisões e sempre pensando nos munícipes. E mais, hoje na gestão pública o gestor que não tiver conhecimento do verdadeiro papel do funcionamento da máquina pública, das leis vigentes, para a tomada de decisões com responsabilidade e eficiência, sem dúvidas, poderá responder processo. Uma gestão pública se pauta no conhecimento das políticas públicas, planejamento, projetos, liderança, tomada de decisões e o mais importante a formação da equipe. Sou humana sim, aguerrida, forte, corajosa e decidida. Já provei isso na minha caminhada de luta. Como disse acima, ajudei muito a atual gestão. Num momento difícil, assumi a Secretaria de Educação, a maior pasta e, mesmo com as dificuldades e a falta de recursos, busquei parcerias e apoio para conseguimos avançar. Exerci sempre o meu papel de vice pensando em Cáceres, com foco nas melhorias e parceira de todos os setores possíveis.


J-E. Sabe-se que, a senhora tem uma ligação bastante grande com a vereadora Valdeníria Dutra Ferreira. Comenta-se que a senhora pretende convidá-la para ser candidata a vice na sua chapa. Isso procede? Como será escolha do seu vice?


Uai, já sou candidata?! (risos) Todas as escolhas serão discutidas no partido, assim espero. Como já disse: não existe nada definido. A vereadora Valdeniria tem condições de colocar seu nome como pré-candidata a prefeita, pois possui trabalho prestado como vereadora de cinco mandatos. É uma mulher guerreira, batalhadora, que admiro e tenho respeito por seu trabalho. Somos amigas e de alguma forma espero estarmos juntas por Cáceres. Neste momento vamos trabalhar para que o partido possa ter vários nomes que possam concorrer e administrar a cidade.


J-E. Alguns comentários políticos, certamente, da oposição, dizem que a senhora já traiu o ex-prefeito Túlio Fontes e agora pode trair o prefeito Francis.  Como a senhora avalia esses comentários?

Repudio veementemente tal colocação. Inclusive acho essa pergunta interessante e ao mesmo tempo descabida. Pois quando cheguei em Cáceres, fui acolhida pela família Fontes. Sou grata pela oportunidade de trabalho e pelos ensinamentos. Ainda trabalhei na gestão do seu pai Antônio Fontes que me ensinou muito e guardo um grande carinho de toda família. Ele, o Túlio, sabe que eu não tinha como apoiá-lo. Eu era presidente do PSDB municipal. O partido disputava a última eleição ao governo com o Pedro Taques no cargo maior do estado. Nós o convidamos para que se filiasse ao PSDB. Quem decide quantos candidatos concorrerão ao cargo eletivo de deputado não é a executiva municipal e sim a executiva estadual. E mais, depois de formada as coligações, desfazem-se momentaneamente os partidos. Assim como penso que ele também não nos traiu quando não pôde declarar o apoio a nossa reeleição por estar no partido do candidato adversário.


J-E. O ex-prefeito Túlio Fontes tem demostrado que pretende ser candidato. A Senhora estaria disposta a “bater de frente” com o ex-prefeito que o lançou na vida pública?


Como já disse: não sei se serei candidata. Quem decidirá será o partido e a vontade do povo. E caso venha a ser, vou dialogar com todos os partidos. O projeto será para Cáceres e não para Eliene. Não podemos personalizar as coisas.


J-E. Sabe-se que, o deputado federal doutor Leonardo terá influência direta nas eleições municipais de 2020. A senhora aceitaria ser candidata a vice-prefeita de um nome indicado pelo deputado?

A legislação não permite pois já fui reeleita nesse cargo e como vice-prefeita já dei a minha contribuição para a cidade. Jamais dispensaria o  apoio de deputado. Tenho um bom relacionamento com o deputado Dr Leonardo. O mesmo tem nos ajudado e tenho certeza que continuará ajudando.  Não terei dificuldades em dialogar com o mesmo.


J-E. O que a senhora gostaria de dizer a população neste momento?

Quero parabenizar seu jornal pelo trabalho realizado em Cáceres. A imprensa tem um papel fundamental em divulgar os fatos e os acontecimentos de forma verdadeira. Quem ocupa a função publica está vulnerável aos julgamentos, com aplausos e algumas calúnias. Os objetivos e interesses de divulgar inverdades não fazem parte do bem coletivo e nem a vontade da maioria. Meu foco agora é o trabalho à frente Secretaria de Educação. Quero dar minha contribuição por acreditar, com todas as forças, que só a educação pode transformar e melhorar a sociedade.
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