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03/06/2019 - 06:48

Prefeito não apoia catadores e ainda passa a persegui-los

Diretoria da Cooperativa Mista do Desenvolvimento de Cáceres (Coomdec) afirma que a gestão municipal não cumpre a Lei Federal 12.305, que determina as prefeituras e governos apoiarem cooperativas e associações de catadores, mas ao invés disso, persegue e não dá condições para que eles trabalhem no município.

“Todas as prefeituras e governos tem que dar apoio às cooperativas e associações de catadores. Fato esse que não ocorreu em Cáceres e em vários outros municípios, mas aqui na cidade fizeram totalmente ao contrário da lei. Eles fizeram o desmonte das cooperativas já existentes”, relatou o diretor da cooperativa, Francisco da Silva.

Inclusive, em fevereiro os associados da Coomdec foram despejados da sua sede, por decisão da promotora da pasta do Meio Ambiente, Liane Amelia Chavesé. O que acabou trazendo mais prejuízos ao meio ambiente, pois a Prefeitura descartou os materiais que estavam no local em ambiente inadequado.

Entretanto, apesar de não conseguirem apoio na cidade de origem, o grupo fechou parceria com a Prefeitura de Porta Esperidião, pois a gestão de lá compreendeu a importância do trabalho que é feito pelos catadores.
“O prefeito de Porto Esperidião nos convidou e abrimos lá uma filial, que já está funcionando há 60 dias tendo oito catadores, sendo que o nosso objetivo é chegarmos ao número de 20 pessoas trabalhando na cooperativa”, informou o diretor.

Conforme Francisco, na cidade os catadores serão responsáveis pela coleta seletiva e também pela compostagem de resíduo sólido, que será usado como adubo orgânico e será disponibilizado aos sitiantes da região.

Através da coleta de lixo e sua venda para reciclagem, os catadores realizam um serviço de utilidade pública, uma vez que diminuem a quantidade de materiais, os quais, se descartados, ocupariam aterros e lixões, aumentando o volume de resíduos e diminuindo a vida útil desses espaços destinados ao descarte.

Estes trabalhadores se encarregam da coleta, separação, transporte de resíduos sólidos, que antes eram apontados como inúteis, agora é considerado mercadoria.
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